Oriente Médio: o papel do Brasil no novo cenário e o Plano Estratégico para 2022
(Retransmissão pela TV Cidade Livre de Brasília, Canal 8 da NET (só DF), às quintas às 13 horas, às segundas, às 7 da manhã, e às quartas, às 19:30 hs)
Com Samuel Pinheiro Guimarães, considerado um dos grandes arquitetos da política externa independente com o chanceler Celso Amorim, o assunto não poderia ser outro, a inserção do Brasil no novo cenário decorrente das insurreições no Oriente Médio. Nesta entrevista a FC Leite Filho, do blog cafenapolitica.com.br e da TV Cidade Livre de Brasília, o embaixador, que acaba de deixaar a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, relata como o Brasil do Governo Lula se preparou, não mais como ator coadjuvante, como ocorria no passado, mas como protagonista decisivo na nova ordem mundial que se escreve nestes dias, com a população tomando à frente e removendo os últimos ditadores impostos pelas potências ocidentais. O embaixador também fala do Brasil 2022, o plano preparado por ele na SAE, juntamente com todos os ministérios, para abrir o caminho de nosso desenvolvimento econômico, e especialmente social, até aquele ano, quando estaremos completando 200 anos de nossa independência.
Livros – Samuel ainda é autor de livros e análises sobre o papel do Brasil no mundo em formação, como Os Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes. Nele, o embaixador faz uma análise do atual cenário internacional e de suas tendências prospectivas e, ante esse cenário, discute a posição do Brasil. O cenário internacional sempre foi, em todas as épocas, aquele em que as grandes potências do período buscam, competitivamente, maximizar suas vantagens e seu poder, e o fazem, de modo geral, às expensas dos países mais débeis.
“Pinheiro Guimarães estuda, neste livro, essa margem de autonomia que o Brasil procura preservar e ampliar. Trata-se de algo que depende, essencialmente, da medida em que se consolide Mercosul e, a partir deste, se logre imprimir efetividade econômica e política à recém-criada Comunidade Sul-Americana de Nações. Trata-se de algo cujo eixo central é a aliança estratégica do Brasil com a Argentina. Uma aliança que o autor analisa com grande lucidez, mostrando as dificuldades de se sair do plano declaratório para o operacional. Algo que tem a ver com inúmeras resistências argentinas, que vão da constatação de importantes assimetrias desfavoráveis àquele país a um ressentimento, ainda não superado, por parte de uma sociedade que se constata mais educada e civilizada que a brasileira e, não obstante, é economicamente mais débil. Algo, por outro lado, que decorre da incapacidade, de que o Brasil vem dando continuada demonstração, de implementar uma política industrial comum, que conduza a uma vigorosa reindustrialização da Argentina. Neste estudo de Pinheiro Guimarães alguns dos aspectos por ele analisados requerem particular referência.
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Leite, parabéns pela ótima entrevista! E também não há como não comentar o novo design gráfico do blog, logotipo e novas ferramentas… muito legais! Um abraço! Gustavo.