(Do site Brasil 247) O corretor de imóveis Luis Braga, pai de Francisco Mussatti Braga, um dos quatro estudantes detidos pela Polícia Militar no protesto da avenida Doutor Arnaldo nesta quarta-feira, 2, defendeu o direito de o filho protestar contra a chamada “reorganização” da rede estadual de ensino; “Eu seria contra o meu filho se ele tivesse cometido algum crime, se fosse racista, machista ou violento. Mas ele estava no direito democrático dele de protestar e foi impedido pela polícia”, disse Braga ao buscar o adolescente na delegacia
SP 247 – Pai de um dos estudantes detidos pela Polícia Militar nesta quarta-feira, 2, durante protesto na avenida Doutor Arnaldo, em São Paulo, o corretor de imóveis Luis Braga defendeu o direito do filho protestar contra a chamada “reorganização” da rede estadual de ensino, que prevê o fechamento de 93 escolas e a transferência de 311 mil alunos.
“Eu seria contra o meu filho se ele tivesse cometido algum crime, se fosse racista, machista ou violento. Mas ele estava no direito democrático dele de protestar e foi impedido pela polícia”, disse Braga ao buscar o filho na delegacia.
Francisco Mussatti Braga é estudante do segundo ano do ensino médio na Escola Técnica Estadual (Etec) São Paulo, foi até a avenida Doutor Arnaldo para apoiar o protesto de estudantes da escola estadual Professor Antônio Alves Cruz. Por volta das 8h30, houve um princípio de tumulto entre alguns estudantes e a Polícia Militar e alguns policiais usaram cassetetes para imobilizar os manifestantes –entre eles Francisco, que foi imobilizado e arrastado enquanto era detido por policiais. Ele foi colocado na carro da polícia e levado para delegacia com outras três pessoas para prestar depoimento.
Na delegacia, Francisco mostrou os ferimentos na perna que, segundo ele, foram causados no momento da detenção. “Levei chute por trás, me enforcaram e ainda assinei um ato infracional por desacato e resistência. Agora, se o governo continuar usando a repressão contra os estudantes, o movimento vai ficar ainda mais forte”, afirmou.