sábado, setembro 21, 2024
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Nassif volta a advertir Dilma dos planos de Sérgio Moro

Pela enésima vez, o jornalista Luis Nassif, do respeitado site Jornal GGN, volta a advertir a presidenta Dilma Rousseff e a direção do PT, contra as manobras insurrecionais da Polícia Federal, órgão subordinado ao Ministério da Justiça, e de um setor do judiciário liderado pelo juiz Sérgio Moro.
– É evidente que o objetivo de Sérgio Moro é derrubar o governo. É evidente que Moro está alinhado à oposição e à estratégia de Gilmar Mendes no TSE (Tribunal Superior eleitoral)”, diz Nassif, em seu artigo de hoje (veja texto completo abaixo), para depois concluir: “Pessoas minimamente antenadas teriam percebido desde o início a estratégia de Moro – porque é óbvia, pouco sutil. É impressionante, no entanto, a facilidade com que iludiu seus principais alvos, a presidente Dilma Rousseff e seu conselheiro-mor, o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo”.

Incansável nas advertências, o jornalista ainda abre o verbo:
“No reino colorido de Brasília, o conselheiro José Eduardo Cardozo acalmava a Rainha Dilma e lhe dizia:

– Viu? Não há o que temer. A operação é republicana.

Ontem, na véspera de se consumar o estupro, começou a cair a ficha das virgens do Planalto de que havia algo de estranho no comportamento de Sérgio Moro.

Provavelmente, é o mais ingênuo governo da história do país. Nem Wenceslau Braz conseguiu superá-lo”.

Dias antes, em outro artigo, Luis Nassif denunciava integrantes da Polícia Federal para encontrar elementos na operação Lava Jato que permitam acusar a presidente Dilma Rousseff de improbidade administrativa” “Escarafuncham até viagens da Lula à África, depois que deixou a presidência, bancada por empreiteiras. Nada encontrarão por aí, mesmo porque, como é de conhecimento geral, são eventos públicos para estimular negócios de empresas brasileiras na África. Mas mostra a que ponto chega a gana da PF”, “absoluto descaso” do governo Dilma com a PF”, afirma.

Neste mesmo artigo, “Como foi chocado o ovo da serpente da PF”, Luis Nassif conta um episódio ilustrativo:

“Em uma padaria tradicional de Higienópolis, um dos frequentadores é um Policial Federal que, embora não esteja no centro dos acontecimentos, gosta de relatar os esforços de seus colegas para encontrar provas que que permitam construir as acusações por improbidade.
Mas, como diz o douto Ministro José Eduardo Cardozo, nada a fazer porque a Polícia Federal é “republicana”.
O que levou a esse estado de espírito? O absoluto descaso do governo Dilma – através de Cardozo – com a Polícia Federal.

—-
Publico a seguir dois dos muitos artigos premonitórios de Luis Nassif:

1) “Moro e a exploração da ingenuidade imperial”
É irreal o grau de ingenuidade de setores do PT e do governo, aliviados com as informações que constam nos documentos que embasaram a Operação Acarajé, de que não há nenhuma evidência de que o marqueteiro João Santana tenha recebido dinheiro ilegal para as campanhas de Lula e Dilma.

Então, o juiz Sérgio Moro teria autorizado a prisão de Santana por suspeita de financiamento oculto para as campanhas presidenciais na República Dominicana?

É evidente que o objetivo de Sérgio Moro é derrubar o governo. É evidente que Moro está alinhado à oposição e à estratégia de Gilmar Mendes no TSE (Tribunal Superior eleitoral).

Pessoas minimamente antenadas teriam percebido desde o início a estratégia de Moro – porque é óbvia, pouco sutil. É impressionante, no entanto, a facilidade com que iludiu seus principais alvos, a presidente Dilma Rousseff e seu conselheiro-mor, o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

Há duas lógicas na Lava Jato: uma, a lógica político-midiática, de criar o clima para o golpe final; e a lógica jurídica.

Juízes só julgam sobre o que está nos autos. Pode-se fazer a campanha política mais radical, mais evidente, desde que não conste dos autos. Constando dos autos, assim que os processos saírem do Paraná os tribunais superiores poderão reconhecer a parcialidade do juiz e a intenção política da Lava Jato.

A estratégia da Lava Jato foi simples. De posse das informações levantadas, com o poder de editar como bem entendesse, já que aliada à mídia, a Lava Jato direcionou todas as investigações para o lado de Lula e alimentou a mais pertinaz campanha de desconstrução da imagem de uma pessoa pública, desde a campanha contra Getulio Vargas em 1954.

A prisão da nata da malandragem teve como único objetivo recolher informações de ordem política. Depois, todos foram liberados, assim como Alberto Yousseff na Operação Banestado.

A campanha midiática teve por objetivo estimular o clamor popular e demolir as resistências do Judiciário contra os abusos da operação, até que o consenso popular faça o Judiciário assimilar qualquer Fiat Elba. Enquanto os delegados vazavam toda sorte de factoides, e os procuradores todo tipo de discurso político, os autos permaneceram impolutos: não há nada contra Lula, Lula não está sendo investigado, Lula não é suspeito.

No reino colorido de Brasília, o conselheiro José Eduardo Cardozo acalmava a Rainha Dilma e lhe dizia:

– Viu? Não há o que temer. A operação é republicana.

Ontem, na véspera de se consumar o estupro, começou a cair a ficha das virgens do Planalto de que havia algo de estranho no comportamento de Sérgio Moro.

Provavelmente, é o mais ingênuo governo da história do país. Nem Wenceslau Braz conseguiu superá-lo.

2) Como foi chocado o ovo da serpente na PF

Um veterano repórter investigativo que esteve semana passada em Curitiba, relatou-me trechos de conversas com delegados federais.

Um deles, sua fonte antiga, mencionou os esforços que estão sendo feitos para encontrar elementos na Lava Jatos que permitam acusar Dilma Rousseff de improbidade administrativa.

Escarafuncham até viagens da Lula à África, depois que deixou a presidência, bancada por empreiteiras. Nada encontrarão por aí, mesmo porque, como é de conhecimento geral, são eventos públicos para estimular negócios de empresas brasileiras na África.

Mas mostra a que ponto chega a gana da PF.

Em uma padaria tradicional de Higienópolis, um dos frequentadores é um Policial Federal que, embora não esteja no centro dos acontecimentos, gosta de relatar os esforços de seus colegas para encontrar provas que que permitam construir as acusações por improbidade.

Mas, como diz o douto Ministro José Eduardo Cardozo, nada a fazer porque a Polícia Federal é “republicana”.

O que levou a esse estado de espírito? O absoluto descaso do governo Dilma – através de Cardozo – com a Polícia Federal.

O veterano policial de Curitiba falou com nostalgia dos tempos de Márcio Thomas Bastos, o aparelhamento técnico da Polícia, o orgulho de se mirar na capacidade técnica do FBI como benchmarking, a cooperação internacional e interna para combater o crime organizado.
Ele situa o início do esvaziamento da PF na posse do delegado-geral Luiz Fernando Correa – nomeado no governo Lula, com a missão precípua de esvaziar a Satiagraha. E o desmanche final na gestão José Eduardo Cardozo.

Hoje em dia cessaram as cooperações internacionais, a ambição de buscar a excelência, a polícia está corroída por disputas internas. Toda essa frustração foi canalizada para a Lava Jato.

Ou seja, a luta pela legalidade democrática exigirá esforço dobrado dos legalistas, porque tem duas pernas mancas: o governo Dilma e o PT.

leitefo
leitefo
Francisco das Chagas Leite Filho, repórter e analista político, nasceu em Sobral – Ceará, em 1947. Lá fez seus primeiros estudos e começou no jornalismo, através do rádio, aos 14 anos.
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1 COMENTÁRIO

  1. É realmente óbvio o intuito desse político maquiavélico do psdb a quem chamam juiz.
    Mas, essa 24a fase dessa operação “fim do PT”
    deveria chamar-se ROUPAS AO CHÃO pois, quando procuramos minunciosamente u.a roupa e não a encontramos, mas temos a certeza ” intuitiva” que está la.Derrubamos toda a roupa no chão para encontrar.
    Cá entre nós:sigilo fiscal quebrado de Lula, mulher, filho, Instituto desde o dia de sua posse até hoje e ou não é desespero de quem não achou NADA?

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