A crise vai arder ainda mais, nos informam as autoridades americanas. No Brasil, os boatos já começam a indicar a quebradeira de algumas de nossas instituições financeiras, até aqui tidas como sólidas e imponentes. 75 bilhões já teriam ido pelo ralo, só neste início de socorro promovido pelo governo federal. Até onde vamos, ninguém sabe. Mas é bom preparar o bolso (e os nervos) para enfrentar a borrasca, que mal começou.
Nos Estados Unidos, o quadro é desolador. Segundo a Folha, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, antigo executivo de banco de investimentos, disse nesta quarta-feira que, embora o governo americano esteja trabalhando para tirar o país da crise, “uma coisa é preciso reconhecer: mesmo com os novos poderes do Tesouro, algumas instituições financeiras irão quebrar”. A presidente da Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados), Nancy Pelosi, por sua vez, disse que o país precisa de um novo pacote de estímulo à economia, de US$ 150 bilhões.
“A EESA [Lei de Estabilização Econômica de Emergência, na sigla em inglês, o nome do pacote de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso na semana passada] não existe para apenas salvar todas as instituições financeiras”, disse Paulson.
No contra-ponto dos americanos, a Venezuela e seu irrequieto presidente Hugo Chávez, denuncia que “as bases do sistema capitalista mundial estão tremendo e que o intersse do império se centra em tapar esa notória realidade”.
Ao abrir a Conferência Internacional de Economía Política, Chávez, afirmou que “se pretende esconder as causas verdaderas de atual situacão econmica, desviar a atención e nominar como culpados uns banqueiros ambiciosos”.
“Disseram: tem que castigar os culpados, então teria que se fazerum julgamento do presidente do Fundo Monetário Internacional”, destacou.
Chávez indagou o que ocorreria na América Central, no Caribe e na América do Sul se a ALCA tivesse vingado, cuando os Estados Unidos a propuseram, “seria o maior desastre de nossa história”, setenciou.
Noticiário da Folha
Fala de Chávez na Telesul (em espanhol)
Estadão: Bovespa perde meio PIB desde janeiro
Como a Venezuela se safa da crise: reservas fora dos EUA