(Publicado originalmente em Qui, 18 de Dezembro de 2008 10:07)
A Câmara dos Deputados brasileira aprovou ontem por grande maioria (265 a 61), à exceção do PSDB, o ingresso da Venezuela como membro pleno do Mercosul, depois de uma longa tramitação que se arrasta há quase dois anos. O projeto sobe agora para o Senado. O Brasil e o Paraguai são os únicos países que não haviam se pronunciado, uma vez que a Argentina, Uruguai e a própria Venezuela já haviam dado o seu consentimento por intemédio de seus respectivos poderes legislativos.
Encaminhado pelo líder do Governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), o projeto, de iniciativa do Palácio do Planalto, assegura que o ingresso da Venezuela e sua imensa base petrolífera e gasífera, representará a frmação de um bloco de países com mais de 250 milhões de habitantes, área de 12,7 milhões de km, PIB superior a U$ 1 trilhão (cerca de 76% do PIB da América do Sul) e comércio global superior a US$ 300 bilhões.
O PSDB, através de seu líder Arnaldo Madeira (SP), alegou, ao votar contra a proposição, a postura polêmica do presidente venezuelano, Hugo chávez, que poderia ser prejudicial ao Mercosul. Ele, no entanto foi conjtraditado pelo deputado petista José Genuíno (SP), para quem “a integração entre países é pluralista/”, independente. do crivo ideológico sobre quem esteja no poder. Nos governos Lula e Chávez, o comércio entre Brasil e Venezuela, que era irrelevante, aumentou mais de dez vezes, fazendo da nação venezuelana um de nossos maiores parceiros comerciais e políticos, sobretudo na estruturação da Unasul, o novo fóro independente doschefes de estado da região.
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