O jornal Clarín estampa em manchete no seu site (clarin.com) de hoje, 01/02/2015, sem hora definida, mas ainda no ar por volta das 14:59, hora de Brasília, que o promotor Alberto Nisman chegou a pedir a prisão da presidenta Cristina Kirchner, numa das versões de sua denúncia contra a chefa de Estado argentino. Esta versão, segundo o jornal foi encontrada no cesto de lixo do apartamento do finado promotor, devendo agora ser incorporada como prova ao processo que investiga sua morte.
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Atualização em 02/02/15
Juiz encontra inconsistência na denúncia de Nisman e pede para ser subsituído
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“Este escrito, descartado por Nisman quando estava vivo, completava a acusação que transpirou com o pedido de medidas resolutivas de alto impacto: solicitava o desaforamento e a detenção da Presidenta; do chanceler Héctor Timerman; e também do piqueteiro Luis D’Elía”, explica o Clarín, que também publicou o facsímile do documento (veja aqui)
A notícia mostra a que ponto chegava a ensandecida manobra dos poderes concentrados argentinos, em meio à comoção que pretenderam montar em Buenos Aires e outras cidades do país, a partir de uma investida midiática que tinha como fim transplantar para o país, o abalo sísmico entre os franceses provocado pelo assassinato brutal na redação da revista satírica Charlie Hebdo, em Paris. Tal conjura, que previa inclusive cartazes com o “Je suis Nisman”, como chegaram a aparecer em algumas manifestações convocadas pelas redes sociais. Estas, que não chegaram a reunir cinco mil pessoas, acabaram sendo esvaziadas pela própria inconsistência e a determinação de Cristina em confrontar e vencer mais este assédio midiático, baseado na presunção nem sempre válida de que “se a mídia (que controla a informação) deu, é porque é aconteceu”.
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