A Organização dos Países Exportadores doe Petróleo (OPEP) completa hoje 50 anos de sua criação, firmada em Bagá, em 1960, graças à iniciativa da Venezuela, Irã, Arábia Saudita, Kwait e Iraque, com o objetivo de acabar com o monopólio das empresas multinacionais, que controlavam com mão de ferro os preços do produto.
A defesa do custo do barril, a criação de petrolíferas nacionais e a ampliação de seu poderio são alguns das realizações deste organismo nas últimas décadas. As empresas multinacionais queriam impor preços e níveis de produção sem consultar os países em cujo subsolo se encontrava o petróleo. Elas eram compradoras e vendedoras e não pagavam os impostos devidos aos países originalmente produtores, o que fazia aumentar sua pobreza e miséria dos povos destes.
Com a criação da OPEP, os países petrolíferos puderam unificar suas políticas e estabelecer condições do mercado, além de transferir a seus povos as riqueza propiciadas pelo chamado ouro negro. O secretário-geral do organismo, o líbio Abdala Salem El-Badri, conta agora que “algumas nações valentes” disseram “um basta” e se juntaram, em 14 de setembro de 1960, em Bagdá, para estabelecer, por iniciativa dos ministros de petróleo da Venezuela e da Arábia Saudita, políticas tendo em vista os interesses das populações daqueles países e não somente das grandes multinacionais.
Opep faz 50 anos e sobrevive à pressão das grandes potências
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