O chanceler brasileiro Antônio Patriota, anunciou ontem, em Caracas, a vinda do presidente Hugo Chávez a Brasília, para o dia sete de dezembro, onde haverá uma cúpula especial dos presidentes do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela, com a exceção do Paraguai, ainda suspenso por causa do gol;e militar de junho), e o comparecimento da presidenta brasileira Dilma Rousseff, à posse de Chávez para o terceiro mandato, marcado para 11 de janeiro de 2012, no Palácio Miraflores, sede do governo nacional, em Caracas.
“Estamos acelerando tudo. É tempo de aceleração”, dissse Hugo Chávez, diante de uma solenidade para receber o chanceler Patriota, juntamente com os ministros de Estados e os embaixadores do Brasil e da Venezuela. Ele considerou a Cúpula do Mercosul e a presença da chefa de Estado brasileira em sua posse como de grande importância, pois eles terão oportunidade de repassar alguns temas pendentes com o ingresso da Venezuela no Mercosul, como a nomenclatura de bens e serviços e a tarifa externa comum que prevalecerá nesta ampliada zona de comércio, que agora, abarca desde a Patagônia ao Caribe
Chávez ainda destacou outros temas importantes dentro das conversações com Patriota, como o financiamento pelo Brasil de projetos de desenvolvimento, alguns já em marcha e outros em estudos, na Venezuela, e que representam grande impacto para a relação bilateral.
Por sua vez, o chanceler AntIonio Patriota disse que para o Brasil as relaciões com Venezuela são estratégicas:
“É uma das relações de maior potencial que temos hoje em dia e estamos seguros de que teremos muitas conquistas nos próximos anos, tudo dependendo de nosso trabalho, pelo qual me comprometo a seguir muito de perto, sem esquecer o projeto de integração sul-americano”, destacou, ao se referir à próxima cúpula presidencial dos países da Unasul, em Lima, Perú.
Patriota também parabenizou Hugo Chávez e o povo venezuelano pela vitória eleitoral de sete de outubro, tendo feto menção especial ao trabalho da Unasul, como observadora internacional do processo de votação.
No final, Hugo Chávez anunciou a vinda a Caracas do prefeito de Manaus e de dirigentes da Zona Franca, com o fim de incrementar o intercâmbio com a Amazônia, que recebe parte da energia elétrica e das conexões de internet da Venezuela, além de uma equipe do BNDES e da Caixa Econômica, para estudar o financiamento de programas governamentais naquele país.
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