Persiste o impasse na Espanha, há seis meses sem governo efetivo. A segunda eleição, realizada ontem, não foi capaz de propiciar maioria absoluta a nenhum dos quatro principais partidos: PP, PSOE, Podemos e Ciudadanos. Resultado: o PP, que continua a deter o maior número de cadeiras no Parlamento, está desesperado em busca de uma coalizão. Mas ninguém, inclusive o neoliberal PSOE, não se aventura a comprometer-se com a política fiscal deste partido de origem franquista, e responsável pela onda de desemprego e despejo de milhões de famílias de seus lares.
Já o Podemos, partido brotado dos protestos de rua, também castigado, manteve-se como o terceiro mais votado, ainda que se consolidando como força alternativa para um governo de mudança, com inclusão social.