Imprensa nanica: do golpe de 1964 ao de 2016. Fala Raimundo Pereira

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O Café na Política foi ouvir Raimundo Pereira, um dos ícones da imprensa alternativa, então chamada imprensa nanica. Este movimento, surgido em plena ditadura, produziu fenômenos editoriais como o Pasquim (que chegou a 220 mil exemplares), a Opinião. o Movimento, Binômio, Versus, Coorjornal, que faziam franca concorrência aos jornalões.

Eram tempos difíceis, porque, na época, não existia sequer o fax, para não falar da força descomunal da internet.
Os jornais tinham de ser distribuídos – vendidos e mantidos financeiramente, na imensidão de nosso território. Funcionava na base da articulação de uma militância – mais jornalística que política -, que chegava a reunir, como no caso do jornal Movimento, 285 pessoas, entre jornalistas, administradores e representantes, espalhados pelos diversos Estados da Federação.
Nesta entrevista a FC Leite Filho, Raimundo Pereira, hoje aos 76 anos e revelando muito vigor e entusiasmo, conta a história desse movimento e de seu novo projeto de reunir uma nova equipe de 40 jornalistas, intelectuais e militantes para fazer uma nova experiência do tipo, agora tendo a internet como instrumento principal. Raimundo acredita na força atual dos blogs, sites e redes sociais que estão enfrentando o golpe, inclusive com manifestações de rua, as quais já começam a assustar o novo regime neoliberal. Ele pondera, contudo, que é preciso dar um rumo a esse movimento mais ou menos disperso.

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