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Último post de 13/09/2019 – Debate sobre filme A LEGALIDADE, rebelião popular de Leonel Brizola de 1961: no Cine Cultura de Brasília, situado no shopping Liberty Mall (SCN Quadrta 02 – D, Asa Norte). Desta vez, será com o jornalista Oswaldo Manescky, ex-assessor de Brizola, e a colunista política Teresa Cruvinel. A sessão do filme será gratuita. Leia a seguir detalhes, com o trailer do filme, e artigo do jornalista Beto Almeida.
Legalidade, o sagrado direito de resistir!
É muito importante convocar todo o público amante do cinema – progressista ou não, brizolista ou não, democratas, petistas e socialistas – a assistir o filme Legalidade, do diretor gaúcho Zeca Brito, que com honestidade histórica e talento, retrata a brava Resistência do Governador Leonel Brizola ao golpe de estado que tentava impedir a posse de João Goulart na Presidência, logo após a renúncia de Jânio Quadros.
O filme mostra que quando há um dirigente destemido e capaz de convocar as massas, com decisão até para armar o povo dentro da lei e fazendo uso da comunicação revolucionária, as Rádios da Legalidade, criam-se condições para derrotar golpes de direita, e foi o que aconteceu em 1961, garantindo-se a posse de Jango na Alvorada.
O cinema brasileiro tinha enorme dívida para com Leonel Brizola, cuja imagem sempre foi distorcida, desonestamente, pela grande mídia. Por isso mesmo, é importante que se realize uma mobilização para que o filme Legalidade seja amplamente assistido. Ele é uma grande lição histórica, indicando que tanto Allende, como Jango em 64, e Dilma em 2016, que não levaram às últimas consequências o direito do povo de resistir a um golpe, foram derrotados sem luta, enquanto Brizola, que armou e treinou o povo gaúcho, organizou a Rede de Rádios da Legalidade (156 emissoras), conseguiu o apoio político necessário, dentro e fora das Forças Armadas, para fazer respeitada a Constituição e o Estado de Direito Democrático.
Beto Almeida
O filme, de Zeca Brito, estreando Cleo Pires, Leonardo Machado, Letícia Sabatela, Ferando Alves Pinto e José Henrique Ligabue, parte de triângulo amoroso, a luta por uma causa cívica, uma revolução feita pelas ondas do rádio. A inteligência e a coragem de um líder. O poder da comunicação gerando uma verdadeira demonstração de força e civilidade. Um movimento de resistência e mobilização popular sem precedentes na história do país: a “LEGALIDADE”.
Isto para abordar o momento histórico brasileiro, em 1961, quando o presidente da República, Jânio Quadros, renuncia e seu vice, João Goulart, deve ascender ao posto. Para evitar que um golpe organizado pelos militares entrasse em curso, o governador do estado do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, inicia um movimento inédito no país, pelo respeito à Constituição Federal.
“Em ‘LEGALIDADE’ quis falar de meu país e das raízes políticas que ligam o Brasil à América Latina. A heroica façanha de Leonel Brizola liderando o povo brasileiro em ato de coragem e civismo, garantindo a posse do presidente João Goulart e a soberania da nação. Através das ondas do rádio o despertar para a constituição, o respeito ao voto popular. Um filme que trama ficção e realidade. Um romance que une visões opostas de mundo. Política, espionagem e comunicação, temas que articulam um dos momentos históricos mais intrigantes do país”, explica o diretor, Zeca Brito.
Numa costura entre 1961 e 2004, ano da morte de Brizola, a jornalista Blanca faz uma investigação que é o fio condutor do filme. Em 1961, durante a Conferência das Nações Americanas, em Punta del Este, o antropólogo brasileiro Luís Carlos reencontra seu amigo e herói, o Comandante Ernesto Che Guevara.
Já a misteriosa jornalista, Cecília, tem a difícil tarefa de entrevistar o polêmico governador gaúcho, Leonel Brizola. Brizola e Che Guevara convergem em torno das mesmas causas: ideais de cunho social e a libertação da América Latina da opressão econômica e política dos Estados Unidos, atraindo assim a ira das forças conservadoras. Paralelamente ao universo de tensão política que se instaura, Luís Carlos e Cecília vivem uma intensa história de amor interrompida pelo destino.
Pouco tempo depois, no Brasil, o presidente Jânio Quadros renuncia repentinamente. Enquanto seu vice, João Goulart, está em viagem pela China comunista, o governador Brizola se recusa a aceitar a tomada do poder pelos militares e decide resistir para que seja respeitada a Constituição.
OLEGALIDADE, que também será exibido em sessão especial durante o Festival de Cinema de Gramado, é produzido pela Prana Filmes. Foi premiado recentemente durante o 42ª Festival Guarnicê de Cinema (São Luís, MA), vencendo nas categorias de Melhor Direção (Zeca Brito), Direção de Arte (Adriana Borba), Fotografia (Bruno Polidoro) e Melhor Ator (Leonardo Machado – in memoriam).