Quando o Presidente olhou ansioso para o público após mencionar a pérfida Cuba, esperando uma explosão de aplausos, houve um silêncio glacial. Às suas costas, –ah, ditosa casualidade!– entre o conjunto de bandeiras latino-americanas, estava exatamente a de Cuba.
Se ele se tivesse virado um segundo sobre seu ombro direito haveria visto, como uma sombra, o símbolo da Revolução numa ilha rebelde que seu poderoso país quis, mas não conseguiu destruir.
Sem dúvida, qualquer pessoa seria extraordinariamente otimista se espera que os povos da Nossa América aplaudam o 50º aniversário da invasão mercenária de Girón (Baia dos Porcos), 50 anos de cruel bloqueio econômico de um país irmão, 50 anos de ameaças e atentados terroristas que custaram milhares de vidas, 50 anos de projetos de assassinato dos líderes do histórico processo.
Senti-me aludido em suas palavras.
Prestei, efetivamente, meus serviços à Revolução durante muito tempo, mas nunca eludi riscos nem violei princípios constitucionais, ideológicos ou éticos; lamento não ter disposto de mais saúde para continuar servindo-a. (Leia a íntegra do artigo de Fidel no Cuba Debates em português)