Juremir Machado da Silva escreveu o best-seller “Getúlio”, editado pela Record, um romance da ascensão e tragédia de Getúlio Vargas, que esteve durante oito semanas no primeiro lugar dos mais vendidos no Brasil. Nesta semana, ele esteve em Brasília para lançar “Vozes da Legalidade – Política e Imaginário na Era do Rádio”, enfocando a Campanha da Legalidade de Leonel Brizola. Nesta vídeo-entrevista a FC Leite Filho e a Beto Almeida, Juremir traça um paralelo da realidade política e midiática de 1961 com a de 2011, com o distanciamento de 50 anos, para concluir que a liderança política, em qualquer época, sempre prevalecerá sobre os meios de comunicação, quaisquer que sejam eles – TV, rádio ou internet.
2a. parte
– Em 1961, ocorre um desses momentos quando a história dá um salto. Brizola, com seu verbo inflamado e atitudes destemidas, arrasta a população a uma festa cívica, que foi a garantia de posse do João Goulart. Então, houve a Cadeia da Legalidade, que chegou a reunir 104 emissoras de rádio pelo país – analise Juremir.
Para o jornalista, escritor e historiador, aquilo parecia impossível de acontecer: a mídia foi pela primeira vez usada a favor da justiça, da causa popular, e não do golpe: “A Legalidade é isso. O presidente JIanio Quadros renuncia. Quem deveria assumir? O Jango, que era o vice. Os militares chegam e dizem que o Goulart não pode assumir porque é comunista e, além do mais, estava em viagem (oficial) pela China Comunista. O Brizola intervém: Jango é constitucionalmente o vice-presidente (foi eleito pelo povo). Por que não vai ser assim? De metralhadora a tiracolo e microfone na mão, ele conseguiu que a população sustentasse a Legalidade (empossando João Goulart, na presidência da Repúblic, em 7 de setembro de 1961).
O jornalista Beto Almeida, diretor da Telesur em Brasília, lembrou a propósito que o terrorismo midiático deu dois golpes no Brasil: “Com o mar de lama, ao provocar o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e o golpe de 64, quando a mídia sustentou a decisão do Congresso de declarar a vacância do cargo de Presidente (quando João Goulart estava em território brasileiro)”. Mas na Campanha da Legalidade, o rádio, que era o grande veículo, teve de ficar ao lado do povo”. Já FC Leite Filho contestou a visão daqueles para quem a repetição de revoltas populares como a Legalidade, utilizando como argumento as recentes rebeliões no Oriente Médio, hoje alimentadas por líderes e movimentos autênticos e um novo veículo de comunicação, as redes sociais da internet.
Veja ainda:
O lançamento do livro Vozes da Legalidade
Prezados Senhores
Admiro Beto Almeida, que conheci na TVE do Pr.
Quero enviar-lhe material significativamente grave, de prova do movimento separatista organizado “O Sul é Meu País”, a promover congresso de doutrinamento, a ser realizado no dia 6/8/11. O movimento citado é organizado, tem estatuto, tem fundamentação juridica de direito internacional (sofismatizado) e atenta contra a Cláusula Pétrea da CF, a idivisibilidade do território brasileiro, e tem motivação etnocentrista.
Gostaria do contato de Beto Almeida, para enviar-lhe o arquivo em word, porque acredito em sua práxis jornalística.
Atenciosamente
Jayro de Araujo
OAB-PR 29.419