A Escola Latinoamericana de Medicina, de Cuba, está formando 10 mil médicos de todos os quadrantes do mundo, inclusive do Brasil e das Américas, com uma concepção focada na atenção primária em saúde pública e na medicina preventiva. Do Brasil, já são 750 os médicos graduados e outros 800 alunos estão estudando. O problema é que dois terços destes formandos não conseguem trabalhar em nosso território, por causa de uma legislação e uma concepção mercadológica voltadas para o lucro, que lhes impedem de aplicar no Brasil os ensinamentos que lá receberam.
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1a. parte
O médico Wesley Soares, de Brasília, que ainda não conseguiu revalidar seu diploma, comenta nesta entrevista a FC Leite Filho, do Café na Política, que as restrições ainda atingem 20 mil estudantes de medicina na Bolívia, cinco mil na Argentina e sete mil no Paraguai. Wesley ainda considera estar ainda muito arraigado no Brasil o modelo americano, que é baseado na assistência hospitalar de emergência, meramente em termos curativos, em vez de privilegiar o aspecto preventivo, que antecipa os agravos e os riscos à saúde. A consequência disso é que, na opinião do médico brasiliense, que tudo fica centrado no médico, não trabalhando o aspecto multidisciplinar, envolvendo toda a equipe de saúde, como enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, para praticar uma assistência integral à saúde da população.
2a. parte
Wesley ainda rechaçou as alegações de que a medicina cubana careça de equipamentos eletrônicos ultramodernos, ao ressaltar que Cuba inaugurou o tratamento monoclonal contra o câncer do pulmão, a descoberta de vacinas contra a Aids e diabéticos, além de apresentar as mais baixas taxas de mortalidade materna e priorizar o diagnóstico clínico, que evita expor o paciente a radiações, quando este é submetido indiscriminadamente.