(Publicado originalmente em Sáb, 24 de Janeiro de 2009 20:16)
O repórter Gustavo Chacra, do jornal O Estado de S. Paulo, conta como encontrou a Faixa de Gaza, depois de 20 dias de depredação comandada pelo exército de Israel: “Galinhas mortas, crianças comendo morango direto do pé, estradas esburacadas, prédios destruídos, praias vazias, mesquitas cheias de gente e ruas cheias de lixo. Tudo isso divide espaço com carros e caminhões da ONU e de ONGs, que circulam com ajuda humanitária para 1,5 milhão de palestinos, sobreviventes das três semanas de guerra entre o Hamas e Israel”.
Segundo Chacra, a Faixa de Gaza é um lugar de onde os moradores não podem sair porque suas fronteiras estão fechadas. Muitos não têm educação, mas sabem descrever com detalhes o armamento usado por Israel para alvejar residências supostamente usadas por militantes do Hamas, que disparavam foguetes contra cidades israelenses, como Sderot e Ashkelon. “Essas cidades”, diz Chacra, “parecem ficar em outro planeta quando se cruza a moderna e equipada Passagem de Erez, finalmente aberta para os jornalistas estrangeiros verem a destruição dos bombardeios”.
A reportagem ainda inclui análises sobre o custo das guerras no Oriente, que já custaram US$ 12 tri, em 20 anos, mapas e entrevistas ao vivo com Gustavo Chacra e o especialista em assuntos militares, Roberto de Godoy, e a história do conflito entre Israel e os Palestinos.