(Publicado originalmente em Qui, 02 de Outubro de 2008)
BUENOS AIRES – A base para uma futura integração financeira e monetária do Mercosul foi assentada na noite de quinta-feira, 2, em Buenos Aires, com a formalização do Sistema de Pagamento em Moedas Locais (SML), que elimina o dólar das operações de comércio entre Brasil e Argentina. A cerimônia de lançamento do sistema foi encabeçada pela presidente Cristina Kirchner e os presidentes dos Bancos Centrais da Argentina, Martín Redrado, e do Brasil, Henrique Meirelles, na sede do BC argentino.
“É um fato histórico, político e cultural, que transcende as fronteiras da economia e das finanças”, disse Cristina a executivos de bancos, empresários e diplomatas dos dois países. A prefeita da Argentina voltou a elogiar o Brasil ao exaltar a “desdolarização” do comércio. “Isto (SML) deve servir como uma autocrítica para nós na Argentina, que sempre pensamos em dólares, ao contrário do Brasil, onde as pessoas pensam em reais (…) e também de forma mais real”, afirmou a presidente.
“É um fato histórico, político e cultural, que transcende as fronteiras da economia e das finanças”, disse Cristina a executivos de bancos, empresários e diplomatas dos dois países. A prefeita da Argentina voltou a elogiar o Brasil ao exaltar a “desdolarização” do comércio. “Isto (SML) deve servir como uma autocrítica para nós na Argentina, que sempre pensamos em dólares, ao contrário do Brasil, onde as pessoas pensam em reais (…) e também de forma mais real”, afirmou a presidente.
O presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, tratou de reverter as críticas de alguns economistas de que o momento não é oportuno para o SML por causa da volatilidade das moedas. Primeiro, reconheceu que “o início das operações do novo sistema em moedas locais ocorre, por coincidência, num período de forte instabilidade nos mercados financeiros internacionais, e de restrição de liquidez às operações comerciais globais”. (Continua…)