Geopolitólogo argentino analisa de Macri ao Estado Islâmico

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O geopolitólgo e geoestrategista argentino Damián Jacubovich considera que o presidente eleito da Argentina, Maurício Macri, tende a isolar-se entre seus vizinhos da América Latina, se persistir no seu anunciado intento de suspender a Venezuela do Mercosul e de até cortar relações com aquele pais. Nesta entrevista ao Café na Política e à TV Cidade Livre de Brasília, Canal 12 da NET (DF), ele diz que são muitos e poderosos os interesses e acordos comerciais, econômicos e estratégicos em jogo. Tais interesses, como assinala, se inserem num contexto, que além da Venezuela, incluem o Brasil, a Rússia e a China. A Rússia e a China, como se sabe, concederam vultosos financiamentos para a construção de hidrelétricas, centrais nucleares e outras obras de infraestrutura, que não podem ser jogados para o alto.
Ele pondera que a Argentina é um país ainda pequeno, a que não pode interessar o descarte do Brasil, China e Rússia, hoje potências emergentes. O analista também recordou que as tensões entre países se resolvem mais pelas boas relações bilaterais dos chefes de Estado. A propósito, insistiu como o contencioso Venezuela-Colômbia foi amenizado depois da saída do presidente colombiano Álvaro Uribe e da eleição de Juan Manuel Santos, apesar do corte político deste último presidente ser de centro-esquerda, em contraposição ao do venezuelano Nicolás Maduro, de centro-esquerda.
Quanto à ameaça dos cortes nos programas sociais, também previstos num draconiano ajuste fiscal pelo governo Macri, Jacubovich disse que a medida provocaria “um incêndio no país”. E explicou: “Há mais de 12 anos que os argentinos vêm recebendo políticas de subsídios muito importantes (para suas vidas)”. Segundo o geopolitólogo, Macri precisaria ser “um suicida, um kamikaze” para levar adiante tal programa. Finalmente, o geoestrategista, que viveu 15 anos em Paris, onde acompanhou de perto muitos atentados terroristas, afirma que a França continuará sendo um “coquetel explosivo” e alvo favorito do Estado Islâmico e da Al Qaeda, por duas razões: a marginalização das populações muçulmanas que se fixaram na França e o fato de este país ter aberto as maiores frentes bélicas contra vários países, como Iraque, Síria, Mali, República Centro-Africana etc.

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