O cine-documentário no Brasil, por Jorge Oliveira

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Jornalista, escritor e cineasta, mas essencialmente jornalista, na sua expressividade, tanto impressa como na telona, Jorge Oliveira, se destacou como um dos nossos mais destacados documentaristas, sobretudo no mais recente Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Além de uma dezena de curtas sobre Floriano Peixoto, um dos três presidentes nascidos em Alagoas, sua terra, as relações entre Pablo Neruda e Luís Carlos Prestes, seus dois longa-metragem, Perdão Mr. Fiel, sobre Manuel Fiel Filho, operado morto sob tortura, pela ditadura de 64, em São Paulo e o Olhar de Nyse, psiquiatra, dois outros heróis alagoanos, tiveram grande apoio de crítica e de público.
O Café na Política quis saber dele, nesta videoentrevista de FC Leite Filho, como se faz cinema hoje no Brasil, que começa a competir com a Argentina pela qualidade e conteúdo de seus filmes. Jorge também comentou seus livros, principalmente “Curral da Morte”, contando a história do primeiro impeachment havido no Brasil na antes tempestuosa Alagoas, sua terra natal, quando a Assembleia Legislativa cassou o mandato do governador Moniz Falcão, em 13 de setembro de 1957, e “Muito Prazer, eu sou a morte”, relatando sua experiência de jornalista investigativo, quando escapou da velha senhora por algumas vezes.

Ele tampouco se furtou a falar do jornalismo hoje praticado no Brasil, em que o sensacionalismo e a manipulação dos fatos, no seu último surto golpista contra um governo legitimamente eleito. Finalmente, ele previu que o jornalismo impresso será fatalmente ultrapassado pela internet, particularmente por causa da facilidade de seu acesso pelas grandes massas, inclusive pelo telefone celular.

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