Venezuela e Argentina curvam-se ao processo social

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http://youtu.be/O_7bbeLDrQI Leonel Brizola, respeitado líder trabalhista brasileiro, costumava dizer que a direita é muito poderosa, mas sempre perde quando confrontada com o processo social – ou seja, as forças vivas do país que invalidam as sofisticadas tramas dos laboratórios de Washington, Londres e Israel. Vejamos esses casos recentes em terras latino-americanas.

O novo Parlamento de direita da Venezuela voltou atrás e anulou, esta manhã, seu próprio ato empossando três deputados impugnados pelo Supremo, por crime eleitoral.

Antes, os parlamentares da MUD, Mesa da Unidade Democrática, dotados de maioria qualitativa, haviam anunciado o desmanche de todas as conquistas sociais e econômicas obtidas a partir do governo Hugo Chávez.

Isto seria feita via nova onda de privatizações, a começar da petrolífera PDVSA e de todas as empresas públicas e dos programas das chamadas missões, aquelas que erradicaram o analfabetismo e revolucionaram a educação e a saúde e os transportes no país.

Os homens da MUD ainda fizeram outras estripulias que ultrajaram a dignidade do povo e das Forças Armadas, ao jogar no lixo os retratos do Libertador Simón Bolívar e de Hugo Chávez.

Agora, a Assembleia dá sinais de que pretende conviver democraticamente com os outros quatro poderes. Isso porque o Tribunal Supremo de Justiça, um dos cinco poderes independentes e corresponsáveis do Estado Bolivariano (Executivo, Judiciário, Legislativo, Cidadão e ou Moral, e Eleitoral), havia antes declarado em desacato o mesmo Parlamento, a Assembleia Legislativa, unicameral, e anulado todos os seus atos, a partir da posse, no último cinco de janeiro. Caso permanecesse em desacato, a Assembleia só poderia funcionar como simples clube de debates, sem transcendência legislativa.

Na Argentina, o presidente Maurício Macri, outro exemplar da direita neocon, já sente o fel da impopularidade, em um mês de governo. Nada menos de cinco manifestações populares de protestosforam convocadas diante da Casa Rosada.

Praticamente invalidando o Congresso, de maioria opositora e atualmente em recesso até março, emitiu 40 decretos revogando leis democráticas e abrindo escancaradamente a economia à predação internacional, fato que já causou a perda de 40% no poder aquisitivo da população. Macri ainda desandou a demitir cerca de 18 mil (o total seria de 63 mil) funcionários públicos e outros privados, como o caso do jornalista Victor Hugo Morales, uma das vozes mais respeitadas da integração latino-americana.

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