Quem se recorda da OPEP, Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Ela um dia chegou a ditar os rumos da economia mundial. Foi quando os países produtores, em meio à escassez do crudo de 1974, se reuniram sob seu guarda-chuvas para elevar geometricamente os preços. Depois, por ordem dos Estados Unidos e da Europa, a organização foi esvaziada e os preços voltaram ao seu nível normal, a ponto de serem considerados mais baixo do que a própria água, quando ainda não havia crise de água.
A partir do ano 2000, no entanto, quando começaram a ser eleitos os novos presidentes populares na América do Sul, a OPEP renasceu, recuperando muito de sua força anterior, dessa vez sem o peso da influência americana e européia. No entanto, a crise financeira de 2008 determinou uma queda brutal no comércio do barril, que chegou a mais de 130 dólares e foi à lona com menos de 40 dólares. A recuperação das economias emergentes, no entanto, a partir da China e de países como o Brasil, Argentina e Venezuela, dá nova volta e o barril já beira os 90 dólares. O banco Goldmans Sachs já prever que, em 2011, o preço voltará a romper a barreira dos 100 dólares.
“As reservas diminuíram rapidamente nos últimos meses e o crescimento da procura mundial acelerou para um dos ritmos mais elevados desde que há registro”, disse a equipa de analistas do banco de investimento. “Esperamos que o crescimento da procura global permaneça forte, acima de dois milhões de barris por dia”, diz o relatório.
Atenta à nova realidade, a OPEP voltou a reunir-se, desta vez no Equador, país produtor, mas que por pressão norte-=americana, havia abandonado a organização, à qual agora se reintegra, dentro das novas bases do governo progressista do presidente Rafael Correa. O vídeo acima mostra uma pequena entrevista (em espanhol) com o secretário-geral da OPEP, Abdalla Salem El Badri.
A Opep e a nova alta do petróleo
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