O acordão entre Michel Temer e Eduardo Cunha para salvar a pele do atual presidente da Câmara, acabou conspurcando a festa preparada pelo PMDB para anunciar sua saída do governo.
A notíca, dada ao amanhecer pela jornalista Mônica Bérgamo, chocou todo mundo. As pessoas se perguntavam: então a gente vai tirar a Dilma para botar o Temer, que não é nenhum monumento à honestidade, e agora encangado com o Cunha?
Mas Cunha não se fez esperar e em menos de oito horas reformou o regimento da Câmara, utilizando sua maioria automática, e já se blindou no Conselho de Ética, onde passou a ter maioria. E não vai ficar só aí, pois, segundo o deputado Paulo Pimenta, do PT, ele quer ser o vice de Temer. Este o preço a ser pago por sua desistência de presidir a Câmara, mas salvando o mandato, como estava previamente acertado no tal acordão.