Uma marcha de 10 mil pessoas em torno do Largo Zumbi, no centro de Porto Alegre, marcou, nesta terça-feira, a abertura do Fórum Social Mundial, comemorativo do 15o. ano da instituição que reúne a vanguarda do pensamento progressista em todo o planeta. O jornal Brasil Popular, em sua edição especial para o evento, foi distribuído maciçamente entre os presentes, demonstrando assim a força e penetração deste veículo impresso, fundado em dezembro, em Brasília.
O BrPop, cuja edição completa pode ser encontrada em seu site brpopular.com.br, surgiu, na verdade, a partir das conclusões dos debates do FSM, aos quais compareceu grande parte de seus fundadores, todos ativistas sociais e profissões integrados na luta pela diversidade da comunicação.
Vários temas foram destaque na marcha: Não ao golpe a Dilma Rousseff, Fora Cunha, legalização da maconha, movimento pelo direito das mulheres, movimento contra o aumento das passagens, movimento dos sem-teto e o movimento indígena, que luta pela demarcação de terras. Com o tema Paz, Democracia e Direito dos Povos, haverá diversos debates, shows e outras atividades temáticas simultâneas, que visam catalisar e unificar os participantes a promoverem uma luta por um mundo melhor.
Os participantes do Fórum, vindos de todas as partes do mundo, e particularmente dos países vizinhos da América Latina, centraram-se nos temas do Brasil, onde paira a ameaça de golpe de Estado contra a presidenta Dilma Rousseff. Houve unanimidade em dizer “não” ao golpe Dilma Rousseff, embora se registrassem manifestações contrárias aos ajustes fiscais promovidos pelo atual governo brasileiro
Uma das presenças destacadas foi a do ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, que lembrou o fato de o evento comemorar 15 anos de encontros e reencontros: “Uma reafirmação clara de compromissos claros. São mais de 60 países conosco. Lutamos há muito mais tempo, mas o Fórum de 2001 marca uma nova referência política. Teve a presença do nosso companheiro Hugo Chávez, e mudamos o mundo e o país. Construímos novos espaços democráticos com inclusão social. São esperanças e lutas que se renovam. Buscamos mais democracia e mais justiça, outro mundo é possível”, disse ele.
O Fórum prossegue até sábado e deverá contar ainda com a presença de outras autoridades federais e representantes do mundo progressista, como estudantes, operários, agricultores,intelectuais, sindicalistas, profissionais liberais etc.
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Edição especial do BrPop para o Fórum Mundial 2016