domingo, novembro 24, 2024
InícioAmérica LatinaComo em Honduras e Paraguai, Unasul age pela Venezuela

Como em Honduras e Paraguai, Unasul age pela Venezuela

Depois de sua constituição, em 23 de maio de 2008, em Brasília, a União das Nações Sul-Americanas, Unasul, já reagiu aos golpes de Estado em Honduras e Paraguai e pôs fim a uma trama internacional para balcanizar a Bolívia em três pedaços de país, naquele mesmo ano de 2008. Atuando com rapidez e determinação, os 12 presidentes da entidade (à exceção do Paraguai, que está suspenso) estarão reunidos hoje em Lima para defender a Venezuela de nova assuada golpista, que já matou oito pessoas e feriu outras 63, e respaldar o presidente eleito Nicolás Maduro. Depois do encontro, eles seguirão para Caracas, onde participarão da posse e renovarão sua confiança em Maduro, em solenidade marcada para esta sexta-feira.
—–
Atualização

Unasul aprova resolução considerando legítima eleição de Maduro (vídeo abaixo)

—————-
Ao contrário da OEA (Organização dos Estados Americanos), criada, em 1948, pelos Estados Unidos com sede em Washington, para convalidar a política inteervencionista da superpotência, a Unasul, que excluiu esta nação para poder funcionar com independência, quer agora mostrar que já não se dão golpes impunemente. A própria OEA, que ensaiou um apoio à recontagem dos votos, como defendida pelo candidato derrotado Henrique Capriles, na eleição presidencial de domingo em Caracas, teve de voltar atrás, depois de demonstrada a posição unânime dos 11 presidentes, e reconheceu como legítimo o pleito que deu a vitória a Maduro. Só os Estados Unido, que reconheceram o governo golpista de Pedro Carmona, afastando o presidente Hugo Chávez por 48 horas, em abril de 2002, e a União Europeia que se recusam a fazê-lo.

O encontro ocorre no momento em que uma calma relativa voltou a reinar na Venezuela, sobretudo depois que o presidente interino Nicolás Maduro proibiu uma manifestação convocada pelo ex-candidato Henrique Capriles, tendente a gerar mais distúrbios, como detectaram os organismos de segurança do Estado. Maduro denunciou um golpe de Estado em proce3sso, mediante a provocaçnao de cenários de violência em todo o país e a solicitação da oposição venezuelana de uma intervenção estrangeira no país. Até agora, mais de 30 nações reconheceram e felicitaram a vitória de Maduro, entre elas, Argentina, Equador, Cuba, Nicarágua, República Domincana, El SAlvador, Brasil, Panamá, Chile, Colômbia, Uruguai, Haiti, Palestina, Rússia e China

A iniciativa da reunião de hoje partiu do presidente do Peru, Ollanta Humala, que exerce a presidência pro tempore do bloco regional, e terá lugar no Palácio do Governo, em Lima. O chanceler peruano, Rafael Roncagliolo, alegou a importância de os presidentes analisarem juntos a situação da Venezuela e outros episódios passados. Por sua vez, a missão eleitoral da Unasul, que acompanhou as eleições venezuelanas, na qualidade de observadora, considerou que os resultados devem ser respeitados por emanar do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), única autoridade constitucional competente na Venezuela. O CNE proclamou Nicolás Maduro por ter obtido 50,78% dos votos, contra 48,95% alcançado pelo candidato opositor Henrique Capriles. Os resultados têm uma tendência irreversível, depois da apuração de 99,35% das atas, com um índice de particpação de 79,78% do eleitorado.

leitefo
leitefo
Francisco das Chagas Leite Filho, repórter e analista político, nasceu em Sobral – Ceará, em 1947. Lá fez seus primeiros estudos e começou no jornalismo, através do rádio, aos 14 anos.
RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Most Popular

Recent Comments

PAULO ROBERTO DOS ANJOS OLIVEIRA on Próximo factoide: a prisão do Lula
cleonice pompilio ferreira on Golpe de 64: quando Kennedy chamou os militares
José rainha stedile lula da Silva Chávez on Projeto ditatorial de Macri já é emparedado nas ruas
maria teresa gonzalez perez on Crise e impasse institucional
maria teresa gonzalez perez on La Plata: formando um novo tipo de jornalista
maria teresa gonzalez perez on Maduro prepara Venezuela para a guerra civil
maria teresa gonzalez perez on Momentos emocionantes da apuração do 2o. turno
Pia Torres on Crítica do filme Argo
n_a_oliveira@hotmail.com on O que disse Lula a Mino Carta, meus destaques
José Gilbert Arruda Martins on Privatizações, novo filme de Sílvio Tendler
Maria Amélia dos Santos on Governador denuncia golpe em eleição
Prada outlet uk online on Kennedy e seu assassinato há 50 anos
http://www.barakaventures.com/buy-cheap-nba-indiana-pacers-iphone-5s-5-case-online/ on Oliver Stone em dois documentários sobre Chávez
marcos andré seraphini barcellos on Videoentrevista: Calos Lupi fala do “Volta Lula”
carlos gonçalves trez on Crítica do filme O Artista
miriam bigio on E o Brasil descobre o Oman
Rosana Gualda Sanches on Dez anos sem Darcy Ribeiro
leitefo on O Blogueiro
Suzana Munhoz on O Blogueiro
hamid amini on As razões do Irã
leitefo on O Blogueiro
JOSÉ CARLOS WERNECK on O Blogueiro
emidio cavalcanti on Entrevista com Hermano Alves
Sergio Rubem Coutinho Corrêa on El Caudillo – Biografia de Leonel Brizola
Stephanie - Editora Saraiva on Lançamento: Existe vida sem poesia?
Mércia Fabiana Regis Dias on Entrevista: Deputada Luciana Genro
Nielsen Nunes de Carvalho on Entrevista: Deputada Luciana Genro
Rosivaldo Alves Pereira on El Caudillo – Biografia de Leonel Brizola
filadelfo borges de lima on El Caudillo – Biografia de Leonel Brizola