Enfim, uma chance para a democratização da mídia. A CPI do Cachoeira e as investigações em torno do envolvimento da revista Veja constituíram tema do debate, que foi ao ar na sexta-feira, 18/05, às 17 horas, no programa Contracorrente, da TV Cidade Livre de Brasíia (Canal 8 da NET, só DF), com retransmissão prevista durante a semana e postagem no Youtube. Dele participaram dois professores da UnB e dois jornalistas políticos. Os quatro profissionais destacaram a necessidade urgente de retomar o Conselho de Comunicação, previsto no texto constitucional, mas desativado há mais de seis anos, por causa de pressões da grande mídia nacional, que recusa qualquer forma de regulação de suas atividades.
2a. parte
Os professores Venício Lima e Hélio Doyle e os jornalistas Pedro Batista, o mediador do debate, e FC Leite Filho, manifestaram a esperança de que a CPI vai superar sua fase atual de aparente inação, causada em função do poder midiático, que mantém o Congresso praticamente refém de seus interesses, nos últimos 47 anos.
3a. parte
Eles lembraram a propósito que, na última vez que o Congresso confrontou a mídia, com as CPIs do IBAD, em 1965 e o Acordo TV Globo e Time-Life, responsável por fornecer dólares aos grandes jornais e candidatos nas eleições de 1962, como parte do plano para o Golpe de 1964. Tanto uma como outra, estas CPIs foram obstaculizadas, a ponto de a do IBAD ter sido paralizada por mais de três meses para, só depois, e por pressão da opinião pública, poder trabalhar, convocando os dirigentes de jornais e partidos políticos e decretando sua sentença de condenação aos envolvidos.