A presidenta Cristina Kirchner publicou nas redes sociais e em seu site na internet uma série de episódios denunciando o falecido procurador Alberto Nisman, os fundos abutres (buitres), ONGs dos Estados Unidos e jornalistas, num “modus operandi de caráter global, que não só lesiona as soberanias nacionais como também provoca operações políticas internacionais de qualquer tipo”.
Sustentou que a operação pode consistir “em ataques financeiros ou operações midiáticas internacionais simultâneas, ou, o que é pior, em ações encobertas de diferentes “serviços” destinados a desestabilizar governos”
Tudo tem a ver com a geopolítica e o poder internacional. Algumas vezes seus efeitos podem ter efeitos globais sobre a paz, como, por exemplo, impedir a possibilidade de um acordo entre Estados Unidos e outras potências com o Irã, ou colaterais, como impossibilitar acordos que contribuam a que, depois de 21 anos possa haver Verdade e Justiça para as vítimas da AMIA.
Ao referir-se a um depoimento de Jorge Elbaun, ex-diretor executivo da DAIA, outra entidade israelita, no jornal Página 12 de ontem, sustentou que o procurador Nisman se reuniu em 2013 com as autoridades da comunidade judia local, dizendo estar disposto a colocar “seus próprios recursos” para tentar demolir o acordo com o Irã sobre o atentado à AMIA, que resultou” O mesmo depoimento indica há mais de 20 anos em 80 mortos e mais de 200 feridos. O mesmo Elbaun, indica que Paul Singer, dono de um dos principais abutres, estaria “disposto a ajudar”.
Cristina ainda expõe a maneira pela qual Singer financia ONGs norteamericanas, que “funcionam como verdadeiros grupo de pressão sobre a política internacional”, citando que, a partir de janeiro de 2013, data do tratado Argentina-Irã, os membros da ATFA), financiadas pelos abutres, decidiram incorporar como um aríete mais com o fim de condicionar a Argentina a negociar de forma mais vulnerável junto a tais fundos especulativos. Acrescentou a presidenta que a manobra ainda previa a utilização de dirigentes políticos para investir contra o tratado, “oferecendo todo tipo de “colaboração” para defenestrar o o governo do pais.
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Documento
A íntegra da denúncia de Cristina Kirchner