(Do site Estadão com Reuters) A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, mesmo sem se declarar candidata à reeleição, aparece como favorita nas pesquisas de intenção de voto para ocupar a presidência do país. O levantamento de intenção de votos da Fara & Associados mostra que Cristina, do Partido Justicialista, teria 38% dos votos válidos.
O segundo colocado, Maurício Macri, prefeito da cidade de Buenos Aires, do opositor PRO, só aparece com 6% dos votos, enquanto Ricardo Alfonsín, da União Cívica Radical (UCR), filho do ex-presidente Raúl Alfonsín, obteve o terceiro lugar com 4%. O restante dos votos está pulverizado entre outros possíveis candidatos de partidos com menor representação.
O futuro de Cristina na presidência era incerto devido à possibilidade de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, se candidatar. Com a morte de Néstor, porém, a incerteza aumentou, já que nem a própria presidente anunciou se concorrerá. O ex-líder peronista era considerado a verdadeira “alma política” do governo de sua esposa e tinha grande peso nas decisões.
Atualmente, Cristina goza de uma boa avaliação do povo argentino – sua imagem positiva subiu de 26% para 45% desde outubro, quando Néstor morreu, segundo a Management & Fit. Quando assumiu o poder, em dezembro de 2007, Cristina tinha avaliação positiva de 56%, mas começou a perder força, atingindo o piso de 26% em julho de 2008.
Para o analista político Carlos Fara, da consultoria Fara & Associados, a recuperação da imagem começou antes. “O governo apenas capitalizou a morte de Néstor, mas a recuperação começou no final de 2009 e durou todo o ano de 2010 até outubro”, disse. O favoritismo de Cristina nas pesquisas de intenção de voto é explicado por várias razões como por exemplo a recuperação econômica.(Continua no site do Estadão)