FC Leite Filho
Só escrever já não basta para o jornalista, ainda que se trate de um dos mais bem informados do país. É preciso estar conectado, se possível live, no Youtube, Twitter, Facebook, Instagram. Foi isso o que descobriu Leonardo Attuch, antenado repórter e empreendedor dos mais operosos – é dele o site Brasil247, o maior grupo de comunicação progressista do Brasil.
O 247, que era um site puramente gráfico (textos e imagens), migrou para uma plataforma multimídia, em menos de dois anos. Seu plantel de jornalistas, analistas, debatedores, políticos com e sem mandato, transformou aquilo que já era uma preciosa fonte de informação, num espaço de vivo debate sobre a realidade brasileira – sem deixar de ter sempre uma boa notícia na ponta da agulha, de preferência, furando a grande mídia.
E tudo televisado, ou seja, postado no site de vídeos Youtube, a grande ferramenta, que popularizou os vídeos caseiros e tornou a TV, um instrumento tão barato e arrebatador, a ponto de quase engolir a modorrenta TV tradicional, por completo. Mas migrar do gráfico para o Youtube nem sempre é simples, por maiores que sejam os recursos hoje disponíveis. Exige talento, organização e perspectiva.
É isto que pretende contar Attuch, neste livro “De jornalista a youtuber”, editado pela Editorial Kotter e já à disposição nas principais livrarias e sites respectivos. Num relato autobiográfico – otimista e bem-humorado -, Leonardo, nascido em Brasília, há 50 anos, ainda incursiona em reflexões importantes sobre o futuro da comunicação e também da democracia. Mas avisa: a tecnologia permite democratizar a informação, e também abre espaço para o avanço das “fake news” e do discurso de ódio.