Barak Obama já confirmou sua viagem ao Brasil e deverá trazer até a família. A campanha de relações pública, que pretende retomar os antigos laços de dependência, que nos atrelou à vontade de Washington, por mais de um século, até a opção pela nossa política externa independente, não consegue contudo esconder sua visão mandonista e preconceituosa. O último lote de documento do Wikileaks informa, por exemplo que “o Brasil não está maduro para ser um ator global
O Brasil ainda não é maduro o suficiente para ser um ator global. Precisa ser “encorajado” pelos Estados Unidos a assumir “responsabilidades”, aprendendo a “confrontar” outros países se necessário. Isto quer dizer, precisa invadir a Bolívia ou o Equador, quando estes adotam seus projetos nacionais que prevem nacionalizações da Petrobrás? Ou romper com Cuba e Venezuela?
Segundo a Folha de S. Paulo (só para assinantes), que divulgou os documentos em primeira mão para o Brasil, “avaliações como essa de dezembro de 2009, em tom paternalista e às vezes irônico, predominam na reação de diplomatas americanos em Brasília à campanha brasileira por uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU”.
“É o que mostram telegramas enviados a Washington entre 2004 e fevereiro de 2010, obtidos pela organização WikiLeaks. A Folha teve acesso aos textos antes que eles fossem divulgados no site do grupo (www.wikileaks.ch).
“O debate sobre a ampliação do CS, em tese responsável pela paz internacional, voltou à tona quando o presidente americano, Barack Obama, apoiou a candidatura da Índia, há dois meses. Obama virá ao Brasil nos dias 19 e 20 de março.