quarta-feira, janeiro 29, 2025
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Quatro anos sem Hugo Chávez? Valeu o sacrifício?

O filme é um documentário do americano Oliver Stone e tem 50 minutos. Chama-se Mi amigo Hugo e foi apresentado na Telesur, em 05/03/2013, (e, hoje, sábado, 04/03/17, em duas exibições,às 14 e às 21 horas) na TV Cidade Livre de Brasília, Canal 12 da NET, só DF) a televisão venezuelana, em cadeia nacional, para marcar o quarto ano da morte de Hugo Chávez.
Segunda-feira, 06/03/2017, haverá o
FORO – CONVERSATORIO:
“O LEGADO DO COMANDANTE HUGO CHÁVEZ NA AMÉRICA LATINA E O CARIBE”
COM A PARTICIPAÇÃO DOS JORNALISTAS,
F.C. LEITE FILHO E ALBERTO “BETO” ALMEIDA

Auditorio da Central Única dos Trabalhadores
CUT-Brasilia
Segunda feira 6 de Março
As 18H30
Endereço: SDS Edifício Venâncio V LJS 4, 14 e 22 – Asa Sul, Brasília – DF, 70393-900
Brasilia, DF (Veja convite abaixo do texto)

O amigo de Caracas
“Artigo de Lea Maria Aarão Reis, do site cartamaior.com.br)
É repugnante ver, quase no final do filme, na montagem dos noticiários de diversos canais norte-americanos comemorando sem compostura e com alegria selvagem a morte de Chavez.

Trata-se de uma bela homenagem ao amigo de Caracas com quem Stone iniciou uma afetuosa amizade em 2009, quando o conheceu e filmou-o para outro documentário de sua autoria, Ao sul da fronteira, no qual entrevistou chefes dos governos progressistas do continente sul-americano. Do Brasil – o então presidente Lula dizendo: ”Chávez, um homem necessário”-, Cristina Kirchner, José Mujica, Evo Morales, Rafael Corrêa.

Depois da morte de Chavez, o cineasta retornou a Caracas e conversou com o já então presidente Maduro, com oficiais de ordens do gabinete do presidente morto, seu irmão, alguns amigos e com a companheira, Cília Flores, e diversos políticos que formaram nos ministérios venezuelanos durante o governo chavista. Todos ainda comovidos e leais ao companheiro.

Aliás, a lealdade das equipes de Chávez é notória neste filme.

Deve-se assistir a Mi amigo Hugo. É importante para conhecer uma realidade que as mídias conservadoras sul-americanas e as do norte da fronteira fazem questão de, desonestamente, não mostrar.
É repugnante ver, quase no final do filme, na montagem dos noticiários de diversos canais norte-americanos comemorando sem compostura e com alegria selvagem a morte de Chavez.

É importante, em especial para os mais jovens, assistir ao filme de Oliver Stone porque para estes sempre foi repassada uma imagem negativa, populista e caricata do finado chefe de governo venezuelano. Foram formados assim.

E não apenas pela honestidade com que o personagem é apresentado. É ressaltada a importância do seu trabalho na liderança dos movimentos de independência do continente, “um precursor do atual processo de integração latinoamericano e Caribe,” observa Stone. Chavez jogou no lixo a chamada política externa de joelhos antes praticada pelos governos do sul da fronteira do Rio Grande.

Veja o filme no Youtube, clicando embaixo)

Em Ao sul da fronteira, Stone já anotava: “Os americanos não sabem o que está acontecendo aqui” (na Venezuela). Em Mi amigo Hugo ele completa, na sua narração: “Chávez inspira as gerações de jovens líderes políticos do continente.”

Assistir a este doc é também uma oportunidade de conhecer, em grande close, o ser humano expansivo e seu carisma, no cotidiano. O bebedor de café inveterado, cerca de trinta xícaras diárias. Café aguado; “mas não é colombiano; é venezuelano, muito bom,” brinca Chávez. A rotina estafante de trabalho, das sete da manhã até altas horas da noite. O sono insuficiente, com o qual se preocupavam seus próximos e auxiliares. O ritual que cumpria religiosamente, assim que se levantava da cama: informar-se do preço do petróleo.

Imagens de Chávez na ONU, “desinfetando” o púlpito onde George Bush/”o diabo” acabara de discursar. Visitando e conversando com Fidel e na companhia de Morales. Na Academia Militar, onde ingressou aos 17 anos. Já na qualidade de presidente da república bolivariana, cantando canções campesinas nas festas do interior – adorava cantar. Andando (e caindo) de bicicleta.

A resistência ao golpe vergonhoso, frustrado, do governo estadunidense. As sabotagens nas refinarias.

E o presidente Maduro dizendo: ”Chavez não foi apenas um ser humano; ele é um grande coletivo. Representa uma nova consciência do mundo que exige o respeito entre países.”

Imagens de Chavez sendo vencido pela doença, arfando, subindo escadas com certa dificuldade, e o ultimo discurso, em 4 de dezembro de 2012, na TV, a despedida, última aparição pública antes de voltar a Cuba pela última vez. A voz embargada, cantarolando, e a paixão pela Venezuela: ”Pátria é minha vida, minha alma, meu amor. Viva a pátria, viva a vida.”

Populista? Mas sem a frieza dos príncipes, dos sociólogos e dos gravatas-de-seda.

Autor de alguns filmes que já são clássicos – Platoon, Nascido em 4 de julho, Wall street -, Oliver Stone se tornou um amigo íntimo, um confidente de Hugo Chávez.

Este seu doc – “ é a minha despedida de um soldado e amigo”, ele declara – é obra de profissional. Tem qualidade e transpira afeto e a cordialidade para com Chávez. “Sua generosidade de espírito era incrível”, ele diz. “Era um patriota que adorava seu país.”

Mas é Cília Flores quem resume, com simplicidade, o homem com quem conviveu bem próximo: ”Sempre bem humorado, ele transmitia alegria por onde passava.”

(*) Convite da Embaixada em Brasília

A EMBAIXADA DA REPÚBLICA BOLIVARIANA DA VENEZUELA NA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, TEM A HONRA DE CONVIDAR-LHE
AO
ATO EM COMEMORAÇÃO AOS 04 ANOS DA
“SIEMBRA DEL LÍDER ETERNO DA REVOLUÇÃO BOLIVARIANA VENEZUELANA
COMANDANTE HUGO RAFAEL CHÁVEZ FRÍAS”
COM A REALIZAÇÃO DO:

FORO – CONVERSATORIO:
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COM A PARTICIPAÇÃO DOS JORNALISTAS,
F.C. LEITE FILHO E ALBERTO “BETO” ALMEIDA

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leitefo
leitefo
Francisco das Chagas Leite Filho, repórter e analista político, nasceu em Sobral – Ceará, em 1947. Lá fez seus primeiros estudos e começou no jornalismo, através do rádio, aos 14 anos.
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