A absolvição dos 13 acusados de haver sequestrado e prostituído, Marita Verón, de 23 anos (correção de dado anteriormente equivocado), desaparecida desde 03 de abril de 2002, em Tucumán, causou revolta e repulsa, sobretudo porque há denúncias que os juízes receberam propinas para atuar. A promotoria havia solicitado de 12 a 25 anos de prisão para os réus. A mãe de Marita, Suzana Trímaco, anunciou que vai iniciar um julgamento político (na Argentina, o cidadão pode processar e pedir o impeachment de juízes de qaulquer instância, inclusive do Supremo), denunciando: “Isto (a absolvição) foi um ato de corrupção”. Ela disse que “Rubén, ‘La Chancha’ Ale (membro de uma quadrilha de tráfico de mulheres), pagou uma quantidade dólares aos juízes”. A presidenta Cristina Kirchner prometeu-lhe todo o apoio do Estado nacional.
O episódio ocorreu menos 24 horas depois que o Supremo Tribunal beneficiou o Grupo Clarin, contra a lei da mídia e 72 horas da denúncia da presidenta Cristina Kirchner de que o Supremo Tribunal tinha convalidado os atos das ditaduras que assolaram os países, desde a deposição do presidente nacionalista Hipólito Yrigoyen, em 1930. Tida como uma das mais corruptas do mundo, a justiça argentina já havia sofrido um expurgo no governo do presidente Néstor Kirchner, marido de Cristina, que substituiu todos os ministros do Supremo, depois de haver comprovado o envolvimento destes com atos de corrupção, através de impeachment e outros processos.