Recep Tayyip Erdogan é um presidente questionado por suas posições controversas, mas não pela origem de seu poder: foi eleito democraticamente, em eleições livres e limpas. A diferença entre ele e Dilma, é que ele cuidou de mobilizar seu povo. Como? Através de ações práticas coordenadas com a vontade das maiorias e, claro, com a instituição de um poderoso sistema estatal de comunicação. Então, quando sofreu o golpe militar da última sexta-feira, ele pôde ter atendido seu pedido à população para que reagisse aos golpistas, preservando a ordem constitucional. Alguma coisa a ver com o Brasil? Ciro Gomes acha que se trata de um exemplo a ser seguido no Brasil: “O povo tem que sair em massa, talvez seja a última oportunidade de dizer, de uma vez por todas, que só chega à Presidência quem tem a maioria dos votos da população”.