Vazamentos seletivos e ditadura midiática

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Quando for contada a verdadeira história do conluio da mídia, juízes, procuradores e delegados federais que, violando a lei, promovem vazamentos seletivos para execrar pessoas, a gente vai perceber que ditadura não é só militar. A ditadura midiático-judicial, uma nova modalidade de discricionarismo, que já se apossou da Argentina, revela-se mais totalitária, porque vive de distorcer a informação. Com isso, a notícia sai na medida dos interesses do poder econômico, em prejuízo do direito coletivo.
Um caso típico desse abuso de poder é o denunciado pelo ex-presidente Lula junto ao Conselho Nacional do Ministério Público. Como revela o site de O globo, de 03/03/2016: “Os advogados do ex-presidente Lula pediram ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) acesso ao processo que investiga o petista por tráfico de influência para a Odebrecht. O inquérito está nas mãos do procurador Douglas Ivanowski Kirchner, do 5º Ofício de Combate à Corrupção, em Brasília. Segundo o pedido, Kirchner negou aos advogados de Lula o acesso a esses documentos. No entanto, as cópias foram obtidas pela revista Época. Os advogados também requisitaram a apuração sobre os responsáveis pelo vazamento à imprensa”, diz a notícia que ainda revelou: “A Revista Época afirmou que não vai se manifestar sobre o assunto”.

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