(transmitido pela TV cidade Livre de Brasília , Canal 8 da NET (só no DF), às segundas, às 7 da manhã, às quartas, às 19:30 e às quintas, às 13 horas)
A reforma política arrasta-se preguiçosamente no Congresso, enquanto o deputado Henrique Fontana (PDT-RS) embrenha-se nas negociações visando uma lei que coiba, pelo menos em parte, os abusos do sistema eleitoral, principal entrave ao nosso avanço como país.
Nesta entrevista a FC Leite Filho, do blog cafenapolitica.com.br e da TV Cidade Livre de Brasília, canal 8 da Net (só Brasília), Fontana relata sua árdua peregrinação pelos gabinetes parlamentares e demonstra sua disposição de encontrar um consenso em torno do tema até a eleição de 2014, quando se renovam todas as cadeiras da Câmara, um terço do senado e são eleitos o novo ou a nova presidente e os governadores de 27 unidades federadas.
2a. parte
Ele explica que a lentidão da reforma se deve ao fato de ela pretender mexer no fulcro do poder, ressaltando: “A reforma política é o centro da disputa do poder no país. O sistema poltico é que determina: se nós vamos ter mais ou menos influência do poder econômico no processo democrático”.
Para Fontana, o Brasil é um paraíso neste sentido, porque o país tem um sistema de financiamento privado de campanha, sem limites: “Isto significa que hoje é legal no Brasil que um candidato a governador, por exemplo, gaste cem milhões para a sua campanha, e o aadversário deste candidato tenha 10 milhões”. Além dessa disparidade, Fontana considera nossa legislação vulnerável a qualquer tipo de dinheiro para influenciar a política, inclusive do crime organizado, do narcotráfico e de empresas que queiram corromper os governos, para obter lucros fáceis ou para superfaturar obras.
Para sanar estes abusos, o deputado gaúcho introduz o financiamento público exclusivo de campanha e com forte redução dos custos, para evitar o que ele chama de “corrida do ouro” nas nossas eleições.