Ela é, seguramente, depois de Hugo Chávez, o governante mais aviltado no mundo, mas cuja bravura faz tremer o mais poderoso de seus adversários. A mídia, que costuma massacrá-la diuturnamente com seu vale-tudo, e até o FMI, dela recebe contundentes respostas com o povo na rua, as redes nacionais de TV e, mais recentemente, pelo Twitter e Facebook. Trata-se da presidenta da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner, a qual, juntamente com seu marido e antecessor no cargo, o falecido Néstor Kirchner (são ambos peronistas), resgatou o país do descalabro social e econômico, a partir de 2001 e o projetou como uma das nações mais prósperas e com politica social das mais avançadas da América Latina. Para analisar o fenômeno, FC Leite Filho, do cafenapolitica.com.br e da TV Cidade Livre de Brasília, convidou o jornalista e ativista social Iraê Sassi, que estuda a Argentina, desde que, como líder sindical dos bancários, foi enviado a Buenos Aires, em 1973, para a recepcionar o ex-presidente Juan Domingo Perón, que então retornava, depois de mais de 17 anos no exílio. Nesta entrevista, Iraê aborda não apenas as críticas das elites do poder econômico como também de parte das esquerdas, a qual, como na época de Perón, sabota o projeto de nação, que já devolveu a auto-estima, tão duramente atingida com os episódios provocados pela borrasca neoliberal de 2001.
1a. parte
2a. parte