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Bolívia, 3o. país da AL a expulsar o analfabetismo

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(Publicado originalmente em Dom, 21 de Dezembro de 2008 08:08)

Denunciado complô para matar Evo

A Bolívia tornou-se ontem o primeiro país latino-americano, depois de Cuba (1961) e Venezuela (2005) a zerar o analfabetismo,, após 33 meses de aplicação do método cubano audiovisual “Yo sí puedo“, pelo presidente Evo Morales (*), de 39 anos, ele mesmo filho de pai e mãe analfabetos, e que está no poder há menos de dois anos.

Já o Brasil, dita a maior potência do subcontinente, ocupa a nona posição no ranking de maior analfabetismo da América Latina, com 11.1%, perdendo para o Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador, República Dominicana, Bolívia e Jamaica, segundo o CEPAL, em dados publicados pela Folha de S. Paulo. Na Argentina, a taxa ainda é de 4%,  no Uruguai, 2,4%. e Colômbia, 8,2%.
Num ato realizado no Coliseu de La Coronilla, em Cochabamba, e diante de autoridades da Unesco e do presidente Fernando Lugo, do Paraguai, próximo país a adotar aquele método, Evo Morales afirmou: “Eu disse a um jornalista internacional, que me havia perguntado, por que eu queria ser presidente: Quero ser presidente para que a Bolívia erradique o analfabetismo, (agora) missão cumprida perante a Bolívia e o mundo inteiro”. A Nicarágua será o quarto país a declarar-se alfabetizado, em 19 de julho de 2009, data que marca os 30 anos da Revolução Sandinista
820 mil pessoas foram alfabetizadas em espanhol, guarani, aymara e quechua, estas últimas línguas indígenas amplamente faladas no país andino. O esforço abrangeu 327 municípios de nove departamentos (estados) e chegou a remotas comunidades sem eletricidade e a cidadãos com deficiência.
Painéis solares, equipamentos eletrodomésticos para garantir as aulas e lentes destinados a pessoas com problemas visuais foram espalhados por todos os rincões da geografia nacional, com o apoio dos governos cubano (cinco mil especialistas) e venezuelano.
A campanha foi iniciada em março de 2006, dois meses após a posse de Evo, com a instalação de 10 mil pontos de alfabetização, equipafos com as ferramentas audiovisuais (gravadores, videocassetes e televisores).  Foram distribuídos dez mil manuais para alfabetizadores e 1,3 milhão decartilhas para os alunos, além de 170 mil fitas de videocassete, contendo 65 programas de televisão e telecasses com músicas e motivos bolivianos.
O coordenador nacional da campanha, Benito Ayma. explicou que a partir de fevereiro de 209, o processo avançará com o começo da pós-alfabetização. As pessoas têm motivação pa continuar e uma parte importante delas  ingressará em cursos secundários e até universitários.
Ayma ainda anunciou o propósito deo presidente Evo Morales em ajudar outros povos: “Aprendemos com os cubanos e venezuelanos a solidaridade e agora estamos dispostos a estendê-la ao Paraguay e a outros países” afirmó.
De acordo com o coordenador Ayma, o agradecimiento das pessoas é o melhor prêmio para a consagração de facilitadores, professores, alunos e colaboradores cubanos e venezolanos.
“Há muitos testemunhos em comunidades, as pessoas choravam de alegría e diziam que jamais pensaram em fazer um pedaço de papel falar. Também reconforta ver seres humanos aceder ao direito de saber ler e escrever”. Segundo o  dirigente, os alfabetizados adquirem uma arma para nunca mais serem enganados na vida e incorporar-se plenamente à sociedade”
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(*) De Evo Morales:
“Mi papá es Dionisio Morales Huanca, mi mamá Maria Mamani (ambos fallecidos, nota redacción). Somos una familia de nacionalidad aymara. Somos siete hermanos, de los cuales vivimos solo tres..” “Mis otros hermanos perdieron la vida de uno o dos años, este es el término de vida que tienen las familias o los niños en las comunidades campesinas. Más de la mitad se muere y nosotros, qué suerte, nos salvamos tres de los siete. En Isallavi vivíamos en una casita de adobe y techo de paja. Era pequeña: no más de tres por cuatro metros. Nos servia como dormitorio, cocina, comedor y prácticamente de todo; al lado teníamos el corral para nuestros animales. Vivíamos en la pobreza como todos los comunarios. (Wikipedia)

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