A Sociedade Interamericana de Imprensa, SIP, cntrolada pelos Estados Unidos e com sede em Mimi, é conhecida pelo seu apoio e participação direta na montagem e desenvolvimento das ditaduras militares, seguidas dos governos civis neoliberais, que infestaram a América Latina, nos últimos 50 anos. Sua artilharia de 1.300 meios de comunicação, incluindo os norte-americanos, volta-se agora para pintar o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, como um “falso democrata”, ou seja, um ditadorzinho.
Seus canhões midiáticos já vinham sendo lançados contra os outros presidentes progressistas latinos, como Hugo Chávez, Cristina Kirchner e Evo Kirchner, contra quem levantam seus membros locais numa campanha desestabilizadora, iniciada desde o início de seus governos. O que ocorre é que essa campanha, levada à exaustão e tendo como instrumento as maiores televisões, rádios e jornais, até agora não fez efeito prático junto ao povo, que continua a eleger e a apoiar maciçamente aqueles presidentes populares.
Tal situação me faz perguntar se essa SIP, que encarna tão bem a mídia, ainda tem aquele poder de sabotar e pôr abaixo governos, como o fizeram com Jacobo Arbenz, Guatemala (1954), Allende, no Chile (1973), Perón (1955 e 1976), na Argentina, Daniel Ortega (no primeiro período, em 1989) e Hugo Chávez, Venezuela (2002), este último por apenas 48 horas? Tudo faz parecer que não, mas a SIP continua tão arrogante como antigamente, como se vê na petulãncia de seu presidente, Alejandro Aguirra, também diretor do jornal Diário Las Américas, de língua espanhola, e radicado, não por acaso, em Miami.
Segundo o Estadão, Aguirre “incluiu o governo Lula na lista dos que “atacam” os meios de comunicação, composta originalmente pelas administrações de Hugo Chávez, da Venezuela; de Cristina Kirchner, da Argentina; de Rafael Correa, do Equador; de Evo Morales, da Bolívia; de Daniel Ortega, da Nicarágua, e de Porfírio Lobo, de Honduras. “Esses governos usaram leis no Congresso, ameaças, subornos, publicidade oficial, atos judiciais sumamente arbitrários. Esses fatos são públicos”, declarou.
“Esses governos não podem continuar a se chamar de democráticos. O voto é componente sumamente importante na democracia, assim como a atuação dos governantes”, afirmou. “Eu vi governantes com uma grande delicadeza com o presidente Castro, o que representa um grande apoio moral a esse governo, que violou os direitos humanos por meio século”, completou Aguirre, ao ser questionado especificamente sobre sua avaliação de Lula.
Vale a pena ler esta matéria do Estadão, também, é claro, reproduzida, em grande parte, pelos 1.300 veículos de comunicação que alega representar a pudica Sociedade Interamericana de Imprensa, clicando no link abaixo:
“Presidente da SIP tacha Lula de falso democrata”