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Crítica do filme Incontrolável

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Já indicado ao Oscar de Efeitos Especiais, Incontrolável, de Tony Scott, é um thriller de narrativa tensa e de dramaturgia pesada sobre um trem, The Beast, de carga tóxica, desgovernado, em alta velocidade, que ameaça explodir, se não for detido, numa curva fechada, próxima a uma cidade populosa, situada ao Nordeste da Pennsylvania, nos EUA.

O roteiro, de Mark Bomback (Duro de Matar 4), baseado em fatos reais, é objetivo, mas recheado de improbabilidades a fim de manter o espectador sob tensão durante todo o tempo, isto é, 98 minutos. Pelo fantasioso argumento, não se explica, por exemplo, qual teria sido o destino do vagão, que conduzia, no Nordeste da Pennsylvania, uma excursão de 150 estudantes e um cavalo, motivador, acidentalmente, do desastre. Foi ao engatá-lo a um trem, que um engenheiro Dewey (Ethan Suplee) teria perdido o controle da locomotiva de carga.
Enquanto isso acontece, Will Corson (Chris Pine), novo condutor contratado pela AWVR (West Virginia Railroad), se apresenta,  em Scranton, também no Nordeste do Estado, ao engenheiro Frank Barnes (Denzel Washington), veterano na função, para, com ele, realizar sua primeira missão na empresa. Barnes sabe que Corson foi admitido não por suas habilidades técnicas, pois, conta apenas poucos meses de prática na condução de trens, mas por ter ele parentes influentes como dirigentes sindicais. Sob esse enfoque, desenha-se, pelo relacionamento de ambos (conflituoso, de início), o quadro da crise econômica, nos EUA, que força a demissão voluntária dos mais idosos, experientes, para ceder lugar aos mais novos, inexperientes.
A ferroviária Connie Hooper (Rosario Dawson), que comanda o centro regional de operações, já ciente do que está acontecendo no tronco principal da ferrovia, sugere a seu superior Oscar Galvin (Kevin Dunn) o descarrilamento da locomotiva antes que o pior aconteça, pois, conforme adverte, a carga que leva é constituída de 80 mil galões de fenol, substância de fácil combustão.  Galvin recusa, porém, a acolher a sugestão por entender que o prejuízo seria enorme. E proíbe Connie de perseguir essa  ideia. Ela, contudo, não desiste de procurar um meio de evitar que a tragédia aconteça. Ao perceber que a composição comandada por Corson e Barnes está a caminho,  incumbe-os de tentar deter a desenfreada locomotiva.
A partir de então Corson e Barnes, que já vinham se entendendo melhor, confidenciando até seus postiços dramas familiares, se esmeram  na elaboração dos mais mirabolantes planos para deter o temível The Beast ou fazer que reduza sua velocidade antes de chegar a Scranton. Para narrar essa inacreditável façanha, Tony Scott foi mais criterioso no uso dos recursos de linguagem de que comumente lança mão em suas películas. Assim, a movimentação de câmara é mais contida, sem os atordoantes rodopios em torna das personagens, e a pontuação da trilha sonora – em que se destaca a música de Wagner –  é menos exagerada nos momentos de maior intensidade dramática. Além disso, ele explora bem a ambientação do centro de operações em que Rosario Dawson, como Connie Hooper, brilha numa atuação discreta e eficiente. De Denzel Washington, que dirige pela quinta vez, Scott consegue  obter uma interpretação mais satisfatória, ou melhor, menos comprometida pelo estrelismo com que o ator vem se apresentando ultimamente. De qualquer forma, como se há de convir, Washington está longe de ser aquele  impecável intérprete, por exemplo, do detetive Keith Frazier, de Plano Perfeito, de Spike Lee. E Chris Pine, como Will Corson, demonstra ser um ator em evolução.
REYNALDO DOMINGOS FERREIRA
ROTEIRO, Brasília, Revista
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FICHA TÉCNICA
INCONTROLÁVEL
UNSTOPPABLE
EUA/2010
Duração – 98 minutos
Direção – Tony Scott
Roteiro – Marck Bomback
Produção – Tony Scott, Julie Yorn, Mimi Rogers, Eric McLeod
Fotografia – Ben Seresin
Trilha Sonora – Harry Gregson-Williams
Edição – Chris Lebenson e Robrt Duffy
Elenco – Denzel Washington (Frank Barnes), Chris Pine (Will Corson), Rosario Dawson (Connie Hooper), Kevin Dunn (Oscar Galvin), Ethan Suplee (Dewey), Jessy Schram (Darcy Colson).

Já indicado ao Oscar de Efeitos Especiais, Incontrolável, de Tony Scott, é um thriller de narrativa tensa e de dramaturgia pesada sobre um trem, The Beast, de carga tóxica, desgovernado, em alta velocidade, que ameaça explodir, se não for detido, numa curva fechada, próxima a uma cidade populosa, situada ao Nordeste da Pennsylvania, nos EUA.
O roteiro, de Mark Bomback (Duro de Matar 4), baseado em fatos reais, é objetivo, mas recheado de improbabilidades a fim de manter o espectador sob tensão durante todo o tempo, isto é, 98 minutos. Pelo fantasioso argumento, não se explica, por exemplo, qual teria sido o destino do vagão, que conduzia, no Nordeste da Pennsylvania, uma excursão de 150 estudantes e um cavalo, motivador, acidentalmente, do desastre. Foi ao engatá-lo a um trem, que um engenheiro Dewey (Ethan Suplee) teria perdido o controle da locomotiva de carga.
Enquanto isso acontece, Will Corson (Chris Pine), novo condutor contratado pela AWVR (West Virginia Railroad), se apresenta,  em Scranton, também no Nordeste do Estado, ao engenheiro Frank Barnes (Denzel Washington), veterano na função, para, com ele, realizar sua primeira missão na empresa. Barnes sabe que Corson foi admitido não por suas habilidades técnicas, pois, conta apenas poucos meses de prática na condução de trens, mas por ter ele parentes influentes como dirigentes sindicais. Sob esse enfoque, desenha-se, pelo relacionamento de ambos (conflituoso, de início), o quadro da crise econômica, nos EUA, que força a demissão voluntária dos mais idosos, experientes, para ceder lugar aos mais novos, inexperientes.
A ferroviária Connie Hooper (Rosario Dawson), que comanda o centro regional de operações, já ciente do que está acontecendo no tronco principal da ferrovia, sugere a seu superior Oscar Galvin (Kevin Dunn) o descarrilamento da locomotiva antes que o pior aconteça, pois, conforme adverte, a carga que leva é constituída de 80 mil galões de fenol, substância de fácil combustão.  Galvin recusa, porém, a acolher a sugestão por entender que o prejuízo seria enorme. E proíbe Connie de perseguir essa  ideia. Ela, contudo, não desiste de procurar um meio de evitar que a tragédia aconteça. Ao perceber que a composição comandada por Corson e Barnes está a caminho,  incumbe-os de tentar deter a desenfreada locomotiva.
A partir de então Corson e Barnes, que já vinham se entendendo melhor, confidenciando até seus postiços dramas familiares, se esmeram  na elaboração dos mais mirabolantes planos para deter o temível The Beast ou fazer que reduza sua velocidade antes de chegar a Scranton. Para narrar essa inacreditável façanha, Tony Scott foi mais criterioso no uso dos recursos de linguagem de que comumente lança mão em suas películas. Assim, a movimentação de câmara é mais contida, sem os atordoantes rodopios em torna das personagens, e a pontuação da trilha sonora – em que se destaca a música de Wagner –  é menos exagerada nos momentos de maior intensidade dramática. Além disso, ele explora bem a ambientação do centro de operações em que Rosario Dawson, como Connie Hooper, brilha numa atuação discreta e eficiente. De Denzel Washington, que dirige pela quinta vez, Scott consegue  obter uma interpretação mais satisfatória, ou melhor, menos comprometida pelo estrelismo com que o ator vem se apresentando ultimamente. De qualquer forma, como se há de convir, Washington está longe de ser aquele  impecável intérprete, por exemplo, do detetive Keith Frazier, de Plano Perfeito, de Spike Lee. E Chris Pine, como Will Corson, demonstra ser um ator em evolução.

FICHA TÉCNICA

INCONTROLÁVEL – UNSTOPPABL EEUA/2010Duração – 98 minutos

Direção – Tony ScottRoteiro – Marck BombackProdução – Tony Scott, Julie Yorn, Mimi Rogers, Eric McLeodFotografia – Ben SeresinTrilha Sonora – Harry Gregson-WilliamsEdição – Chris Lebenson e Robrt Duffy
Elenco – Denzel Washington (Frank Barnes), Chris Pine (Will Corson), Rosario Dawson (Connie Hooper), Kevin Dunn (Oscar Galvin), Ethan Suplee (Dewey), Jessy Schram (Darcy Colson).

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