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Isabella diante da idade e do tempo que avança

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Quem, cinéfilo ou não, não se recorda de Isabella Rosselini no Veludo Azul (Blue Velvet). …She wore blue velvet. Bluer than velvet was the night. Softer than satin was the light from the stars…. E lá se vão 25 anos. A filha de Ingrid Bergman e o diretor italiano Roberto Rosselini, luminescente, naquele filme de David Lynch. Depois, ela some no horizonte (blue), reponta aqui e ali em esparsas produções independentes, pois, como o pai e a mãe, não se curva à voragem de Hollywood. Mas ela agora retorna, quase aos 59 (a cópia de Ingrid, apesar de morena e não loira como mãe sueca) , num filme de Julie Gavras (A Culpa é de Fidel), outra filha de pai ilustre, o grego Costa Gavras, diretor de filmes políticos que inspiraram gerações nos anos 60 e 70, Late Bloomers (Seres maduros, em tradução livre). Interpreta uma mulher perto dos 60 anos, “que se dá conta dos limites da idade, entre eles, não mais atrair os olhares masculinos”, como diz Orlando Margarido, na reportagem de Carta Capital, que me inspirou este introito. No filme, previsto para entrar em cartaz no Brasil, em maio, Isabella contracena com William Hurt, outro clássico, americano, pouco difundido, mas excelente ator. Bom, mas para quem não sabe, Isabella Rosselini preside o júri do Feztival de de Cinema de Berlim, a Berlinale e é também nesta condição que ela fala à revista brasileira
Relata Maragarido em sua reportagem, de Berlim: “Isabella, enfim, envelheceu e expõe tranquilamente os anos e fica feliz quando, entre os dois ou três roteiros que recebe por dia, encontra um bom personagem de sua idade para defender, como a Maria, de Late Bloomers“. Diz ela, “inabalável com as rugas”: “Não quero ser jovem ou considerada como tal. Quero sempre ser sofisticada, isso sim, aparentar a idade que tenho e não ouvir que pareço mais jovem que sou”. Pena que o texto de Orlando Margarido não possa ser visto no todo no link que transcrevemos abaixo. Mas dá uma boa ideia da Isabella de hoje. Aos nostálgicos de Blue Velvet, como eu, resta comprar a revista Carta Capital no. 635.

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