Home Política Internacional 1959-2009 – Meio século de revolução em Cuba

1959-2009 – Meio século de revolução em Cuba

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(Publicado originalmente em Qua, 31 de Dezembro de 2008 12:14)

Digamos que a mídia,ou o capitalismo selvagem, ganhou os corações e mentes, por enquanto, é claro. A grande maioria dos jovens já não se empolga com a transformação social e seus sonhos voltam-se para o consumismo: a grife, o carro turbinado, o shopping center. Não obstante, a Revolução Cubana, que completa 50 anos nesta passagem do ano de 2008 para 209, tem realizações, que nenhum dos países do chamado primeiro mundo é capaz de igualar: zero por cento de analfabetismo, zero de mendicância, zero de desemprego, assistência médica e educação completa para toda a população.

Cuba é um país pobre? É, mas não ostenta números vergonhosos como os Estados Unidos, a maior potência bélica e econômica, onde 40% da população não têm um simples plano de saúde e vive da caridade alheia. E o que dizer da mendicância, da pobreza absoluta e da violência no Rio de Janeiro, em Bogotá e no México?

Fidel Castro que, do seu “leito de morte”, como prefere chamar a mídia e a que se recolheu desde agosto de 2006, por causa de uma doença grave, ainda dá as cartas, anuncia grandes planos, não só para Cuba mas para toda a América Latina. Ainda se dá ao luxo de anunciar, em depoimento a Ignácio Romanet, no livro “Biografia a duas vozes”, Editora Boitempo, São Paulo, 20006:

“Estamos lutando para criar o maior capital médico do mundo. Haverá 12 mil estudantes na ELAM (Escola de Medicina da América Latina) e já há dois mil bacharéis bolivianos aqui (em Cuba). Muitos países estão solicitando que formemos médicos para eles; temos com que formá-los e ninguém pode formá-los melhor. Estamos desenvolvendo métodos pedagógicos com os quais nem sonhávamos. E nosso país deverá formar, nos próximos dez anos, cerca de 100 mil médicos latino-americanos e caribenhos, de acordo com os princípios da ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas), firmados entre Cuba e Venezuela, que atingirá número igual, na marcha decisiva pela intgegração de nossos povos.

(Vou voltar mais tarde para me estender sobre este tema fascinante. Por enquanto, fiquem com alguns links úteis pára entender o processo cubano e a nova realidade latinoa-mericana:

Blog do Emir Sader

Socialismo aos 50 anos

Cobertura do Estadão)

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