A Unasul (União das Nações da América do Sul) aprovou a criação de um grande anel de fibra ótica, que, entre outras vantages, vai evitar que todas as nossas comunicações pela internet passem antes pelos Estados Unidos. Como se sabe, um email hoje enviado entre duas cidades limítrofes do Brasil e Peru, por exemplo, entre Rio Branco, no Acre e Puerto Maldonado (Peru), vai primeiro até Brasília, depois passa por Fortaleza, onde segue pelo cabo submarino até Miami e depois é remitido para Los Angeles, na Califórnia, para só depois voltar ao Pacífico atingir Pueblo Maldonado.
Este anel, adotado na última reunião dos 12 ministros das Comunicações do subcontinente, em Brasília, em 29 de junho, terá uma extensão de dez mil quilômetros e será administrado pelas empresas estatais de cada país para que as comunicações sejam mais seguras e baratas. Para o ministério das Comunicações do Brasil, que gestou o projeto, o anel vai diminuir a vulnerabilidade que temos em questão de atentados, assim como quanto aos segredos e os dados oficiais e militares. Até agora, 80 por cento do tráfico internacional de dados da América Latina, o dobro da Ásia e quatro vezes o percentual da Europa.
Segundo o ministro Paulo Bernardo, o anel estará pronto em dois anos.