Em artigo sobre a crise da imprensa, refletida no fechamento ou na concordata de grandes e médios jornais no mundo inteiro, o escritor e ativista social Emir Sader mostra como jornais progressistas como La Jornada, do México, Página 12, da Argentina, Público, da Espanha, se consolidam e se expandem, porque gozam de alta credibilidade. Nem por isso, diz ele, estes sites deixam de ter suas páginas abertas ao público. O segredo, para ele, é “seu patrimônio e sua ética social e suas posições políticas democráticas.
“Chovem os artigos na imprensa internacional sobre a crise da imprensa, enquanto crescente numero de jornais fecham, despedem jornalistas, diminuem suas tiragens. Os diagnósticos, ao serem feitos, em grande medida por pessoal ligado a essa imprensa, não conseguem sair do rame rame usual: a difusão da internet grátis, dos jornais grátis, etc., etc., seriam os responsáveis. Será?
Mas um artigo, desta vez da prestigiosa publicação norteamericana The Nation – “How to save jornalism?”, de John Nichols e Robert W. McChesney, de 25 de janeiro deste ano – aponta para um diagnóstico um pouco diferente. Em primeiro lugar, classifica o jornalismo como um “bem público”, considerando que deveria ser considerado da mesma forma que se considera a educação, saúde pública, o transporte, a infra estrutura…