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Akopov: Rússia está ressurgindo e se concentrando

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O embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, recebeu a equipe do cafenapolitica.com.br e da TV Cidade Livre de Brasília, para falar da nova Rússia que está surgindo no mundo e cujo papel no cenário mundial se reflete em articulações diplomáticas que já evitou, mediante ação pessoal do presidente Vladimir Putin, pelo menos duas invasões militares  norte-americanas: na Síria e no Irã: “A Rússia não acabou. Está ressurgindo e concentrando forças para um salto para a frente”, disse Akpovov aos jornalistas FC Leite Filho e a Beto Almeida, destacando, porém que “sempre atuando dentro do princípio internacional de não intervenção e levando em conta a um novo sistema multipolar de governança mundial”.

Sergey Akopov, que também comentou os incidentes na Ucrânia, os BRICS, grupos de países reunindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que vai fazer sua próxima reunião de cúpula em Brasília, no mês de julho, o acordo de cooperação militar, Brasil e Rússia, do papel da CELAC e, logicamente, os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, promovidos pela Rússia e que estariam sendo acompanhados por cerca de três bilhões de telespectadores e internautas no mundo inteiro.
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Entrevista coletiva do presidente Vladimir Putin, em 04/03/2014

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Para ele, “um só país ou uma raça” não pode resolver todos os problemas da humanidade. “Nós já vimos isso antes da II Guerra Mundial e deu no que deu”. Daí a importância dos novos focos de poder, econômico, cultural e  político que estão surgindo no mundo. Akopov incluiu entre esses focos os BRICs e a CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), além da cooperação russo-chinesa: “Aqui, o mais importante é o respeito absoluto às normas e princípios do direito internacional de não intervenção. Sem isso, não é possível manter uma paz verdadeira no planeta”.

Na entrevista Akopov foi indagado da denúncia do politólogo brasileiro residente na Alemanha Luiz Alberto Moniz Bandeira de que ONGs financiadas pelos Estados Unidos estivessem atuando visando à desestabilização da Ucrânia e da carta do presidente Putin chamando a atenção para a inviabilidade de aplicação do conceito do que chama o “excepcionalismo norte-americano”. Akopov respondeu ser “estranho que representantes dos Estados Unidos e da Europa, que falam e exigem a não intervenção na Ucrânia, encontrem-se abertamente imiscuindo-se nos assuntos internos, inclusive participando pessoalmente das manifestações, na Praça da Independência, em Kiev”. Ressaltou então que a grande prioridade no caso ucraniano é o respeito à não intervenção.

Finalmente, o embaixador russo falou sobre a cooperação do Brasil com seu país, que já redundou nas visitas dos presidentes Sarney, Lula e Dilma a Moscou e dos presidentes Putin e Dimitry Medvedev, que  resultaram em acordos cooperação tecnológica, inclusive para produção, desenho e desenvolvimento na área militar, científica e espacial. Sobre o acordo para aquisição de um sistema de defesa de mísseis antiaéreos, por parte do Brasil, disse estar seguro do início de uma grande cooperação que, no futuro, certamente, vai abarcar outras áreas.

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