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Saiu de uma prisão, em Londres, onde passou uma semana em cela solitária, Julian Assange, fundador e inspirador do Wikileaks, site que revelou 250 mil documentos dos Estados Unidos relacionados com quase todos os países do mundo. Ele afirmou seu compromisso de dar a conhecer ainda mais material considerado segredo de Estado, se este envolver conspiração contra países ou a integridade da pessoa humana. Na entrevista de 12 minutos que concedeu à BBC, programa Newsnight’s Kirsty Wark, Assange fala do processo que lhe move o governo da Suécia, um país dos mais imponentes da Europa, mas que se revelou uma submissão lamentável ao governo americano, e se mostra confiante no avanço da internet e no progresso da democratização da informação.
Para garantir sua liberdade, Assange teve que concordar com condições rígidas. Ele terá que cumprir um toque de recolher, se apresentar à polícia diariamente e usar um dispositivo de monitoramento eletrônico.Em entrevista coletiva após ser solto, Assange prometeu continuar o seu trabalho e voltou a alegar inocência. Ele também agradeceu a “todas as pessoas no mundo que acreditavam nele”, a seus advogados e ao sistema judicial britânico.
– A Justiça nem sempre é alcançada, mas não está morta – disse, antes de fazer um balanço dos dias em que esteve preso. – Durante o tempo em que estive confinado, pude refletir sobre as condições das pessoas ao redor do mundo que vivenciam este tipo de situação, muitas vezes em condições muito mais difíceis do que as que eu enfrentei. Segundo reportagem do jornal americano “New York Times”, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está buscando provas para acusar Assange de conspiração . Eles tentam provar que o ex-hacker australiano estimulou ou até mesmo ajudou o soldado americano Bradley Manning a extrair dos computadores do governo os documentos vazados pelo WikiLeaks. Acusado pelo crime, Manning está preso.