A União das Nações Sul-americanas, Unasul, completa nesta segunda-feira, 23/05, seu terceiro aniversário como um organismo de consenso político na região. Para celebrar o evento, os 12 países membros, incluindo o Brasil, vão inaugurar o Centro de Estudos Estratégicos (CEED), na Argentina, enquanto, no Equador, se prevê construir a sede arquitetônica do organismo.
A três anos de sua constituição, a Unasul tem exercido um papel integrador e pacifista em momentos cruciais da história do subcontinente, sobretudo em situações políticas delicadas e de ameaças à democracia em alguns de seus países.
O deputado venezuelano ao Parlamento Latino-Americano (Parlatino), Roy Daza, resumiu assim suas realizações: “Frente à crise na Bolívia (ameaçada de esfacelamento, em 2008), uma resposta; diante da crise entre a Colômbia e a Unasul, uma resposta da Unasul; da mesma maneira ocorreu com Honduras, onde, não só houve uma postura firme em face do golpe de estado como também a busca de uma saída política para situação daquele país centro-americano”.
Por sua vez, o cientista político Farija Fraija explicou que a OEA, Organização dos Estados Americanos e a ONU, Organização das Nações Unidas, são espaços que coecistem e onde se buscam soluções para países e regiões distintas (mas) no caso da Unasul, somente está um conjunto de países que buscam soluções para os problemas que lhe são comuns”.
Ele considerou que é preciso apostar nos organismos regionais que reforcem a segurança política e garantam a paz. “Dar impulso a este tipo de organismos não significa diminuir o interesse em relação a outros esquemas de integração. “Pelo contrário, enquanto o continente avança paradesenvolver soluções como a Unasul, Mercosul e Alba, caminhamos no sentido de nos integrar dentro de um ponto de vista distinto”, disse Fraija. (Continua na matéria da Telesur)