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Chefes latinos se solidarizam a Chávez e a Cristina

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Mais importante que as medidas econômicas adotadas na reunião de ontem do Mercosul, em Assunção, no Paraguai, foi a decisão dos chefes de Estado da América do Sul de reforçar sua unidade e emprestar solidariedade ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ainda em tratamento num hospital de Havana. O apoio se estendeu à presidenta Cristina Kirchner, que não pôde comparecer, por se recuperar de uma pancada na cabeça. Chávez passa bem, a julgar pelo vídeo liberado pelos governos de Cuba e da Venezuela, como se vê acima. A estes apoios se uniram o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o presidente eleito do Peru, Omanta Humalla, num encontro em separado que tiveram em Bogotá (os dois países ainda não integram o Mercosul).
Por sua vez, o anúncio da suspensão do encontro da Celat – Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe -, antes previsto para cinco de julho, em Caracas, surpreendeu os participantes do Mercosul, cujos integrantes, no entanto, entenderam a necessidade de o colega venezuelano se restabelecer. Mesmo tendo reforçado as especulações, os chefes de Estado de toda a comunidade foram informados do estado de saúde de Hugo Chávez, que, apesar de merecer cuidados, não é considerado nem crítico, nem grave.

Por sua vez, o principal opositor de Chávez e considerado um dos prováveis candidatos a presidente, em 2012, Henrique Capriles Rodonski, deu uma entrevista ao jornal O Globo, do Brasil (em sua edição impressa de hoje), dizendo não acreditar na gravidade da doença de Chávez. Para Capriles, de 38 anos, “isso é parte de uma estratégia política cubano-soviética (ainda existe isso, depois de 22 anos da queda do muro?) e pouco responsável, para chamar a atenção da mídia e distrair os venezuelanos dos problemas enfrentados pelo país”. Coincidência ou não, a última pesquisa de opinião dá 67% de aprovação a Chávez.

A reunião do Mercosul, de qualquer maneira, ainda conseguiu unir os estados-membros – Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e Venezuela – em torno dos objetivos estratégicos, sobretudo os de reforçar a integração e de preservar a região do assédio das grandes corporações e de outros interesses alienígenas. Na ocasião, a presidência pro tempore da instituição passou de Fernando Lugo, do Paraguai, para José Mojica, do Uruguai, sob os olhares atentos da presidenta brasileira Dilma Rousseff.

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