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Unasul, Néstor Kirchner e nossa potência energética

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O primeiro aniversário da morte do ex-presidente Néstor Kirchner, primeiro secretário-geral d Unasul, quase parou hoje a Argentina. As homenagens foram múltiplas, a que não faltaram as do povo, na Praça do Congresso, e da família, à frente a presidenta Cristina, na patagônica província natal de Santa Cruz. Ele arrancou o país da depressão seguida à debâcle de 2001/1002, devolveu o poder de compra aos trabalhadores e impulsionou medidas transcendentais para o avanço de seu país e de toda a América Latina: a restruturação da dívida, o projeto nacional de desenvolvimento, a reforma política, a lei da mídia e a integração com os países vizinhos, sobretudo o Brasil.

É tão importante a aproximação com o Brasil, que os inimigos da atual presidenta, sobretudo aqueles bem instalados no aparato midiático privado, especializaram-se em espalhar rumores de uma “provável” quebra do Brasil. Esta seria fatal – daí a torcida extremada- para a economia argentina, a qual, muito mais que a brasileira, vem desfrutando de níveis de crescimento e de inclusão social só comparáveis (e ainda por muito baixo) da época peronista, quando o salário-mínimo era um dos maiores do mundo.
Dentre as homenagens a Kirchner, a que me pareceu mais consistente foi a do futuro secretário-geral da Unasul, Alí Rodriguez Araque, atual ministro da Energia da Venezuela, que assumirá o cargo, cujo atual detentor é a colombiana María Emma Mejía, em 2012. Rodríguez recordou o empenho de Néstor, logo que assumiu a Unasul, em 2009, para reconciliar a Venezuela e a Colômbia, antes desavindas e hoje desfrutando de boas relações, sempre com o olhar no objetivo maior do sub-continente: a integração.

Em entrevista à Telesur, Alí Rodríguez destacou “os gigantescos recursos energéticos que existem em nossa pátria latino-americana, incluindo a abundância de energia não só pelas fontes primárias representadas pelo petróleo, o gás natural, como também pela abundância de cachoeiras que permitem gerar hidroelectricidade”.

Como fator de unidade para aproveitar este potencial, Rodríguez apontou o progresso das conversações com vsitas ao Conselho de Defesa da Unasul. Explicou que já instalou inclusive um centro de estudos estratégicos da entidade, em Buenos Aires, onde tem-se realizado seminários e surgiu uma nova doutrina de defesa, não como um tema belicista mas com sustentação no fundamento de que este é um território de paz, que se robustece na medida do desenvolvimento político e econômico de todo a região. “E insisto: estamos numa grande nação, uma nação que tem todas as possibilidades de progredir e sobretudo, e mais importante de tudo, para servir-lhe de sustento na melhoria crescente das condições de existência do ser humano latino-americano e particularmente sul-americano”, concluiu o ministro Alí Rodriguez.

Veja também:
Entrevista completa de Alí Rodríguez
Comentários de Hugo Chávez

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