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O declínio da Newsweek e do iPad

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A coincidência não foi relevada, mas o fato é que o fechamento da revista Newsweek (18/12/2012), em sua edição impressa, ocorreu quase no mesmo dia deste mês de dezembro da desativação do The Daily (17/12/2012), o primeiro grande jornal feito exclusivamente para o iPad . Isto não significa o declínio do modo digital, muito pelo contrário, mas sério indício de que o iPad não está conseguindo se firmar como uma plataforma segura de publicação, capaz de assegurar uma migração segura dos jornalões para o ambiente digital e evitar o seu desmoronamento, como se cogitou, inicialmente. Lembre-se que o The Daily, do magnata Ruper Murdoch, teve lançamento mundial com altas pompas e fanfarras.

Clique aqui para a história da Newsweek (em inglês)

Na verdade, o naufrágio da Newsweek, que chegou a uma tiragem de mais de quatro milhões de exemplares e quase 80 anos de existência (na foto acima, estão a primeira e a última capa da revista), e de outros grandes jornais, como The Guardian, de Londres, o Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, e o Jornal da Tarde, de São Paulo, levaram os conglomerados que editam as publicações restantes a uma maratona para adaptar-se  à nova realidade imposta pela internet. É cada fez maior o número de potenciais leitores e telespectadores que desistem do meio impresso, preferindo ler, e aqui não só jornais e revistas, como também livros, no computador de casa, no laptop e, principalmente, no celular. A tendência abrange igualmente os que preferem a inrteratividade no mundo digital à passividade diante de um aparelho de TV, a ponto de , em muitos países, o número de internautas ter ultrapassado o de telespecgtadores.

Mas o que tem o iPad a ver com isso?. É que os tablets, tanto da Apple como os da Samsung ou de outras marcas, revelaram-se incômodos para o usuário, por causa do tamanho, quase o mesmo dos laptops, além de terem suas funções limitadas, que não permitem escrever textos mais longos que um SMS ou um email curto. O impacto já provocou a redução do tamanho dos tablets (a própria Apple, muito ciosa de seu invento, já partiu para o seu mini iPad, mas o problema persiste: Não dá para carregar mais um trambolho que não cabe no bolso do paletó ou da calça, onde já está o smartphone, que, embora pequeno faz tudo o que se propõe o tablet, além de fazer e receber ligações telefônicas, o que não possibilita o gadget da Apple.

Esta constatação levou algumas empresas, como a Samsung, Nokia e  Motorola a esticar o tamanho e a aperfeiçoar as telas de seus celulares para absorver cada vez mais as funções do iPad. Quem já abriu o Note II, o mais novo smartphone da Samsung, de 5,5 polegadas, contra 7,9 do mini iPad, tem a sensação de que o iPad se torna cada vez mais inútil. No Note, você pode ler um jornal, uma revista, um livro ou ver um vídeo ou programa de TV, com qualidade tão ou melhor que o produto da Apple, e com o conforto de poder carregá-lo no bolso e sem o receio de ser espreitado por um espertalhão. Já para escrever texto ou relatório longo, o jeito é apelar para o velho laptop, que resiste bravamente e também diminue de tamanho, mas nunca ao ponto de impedir que seu teclado seja acionado pelos dedos das duas mãos.

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