(Publicado originalmente em Ter, 30 de Dezembro de 2008 08:23)
No momento em que Israel, depois de muito hesitar, envia suas tropas mortíferas à Faixa de Gaza, o Oriente Médio já estava em chamas com a resistência, primeiro do Iraque, depois do Afeganistão e, por último, do Paquistão e já afetando a Índia.
Estas zonas estavam aparentemente controladas antes da invasão do Iraque, em 20 de março de 2003. Agora está Israel, desesperado porque sua aviação não controla os lançadores de mísseis caseiros Quassam, situados em lugares múltiplos de Gaza, submerge no pântano da ocupação militar, sem saber quando nem como sair de lá. Os mortos desta última ofensiva, iniciada antes do final de 2008, já beiram os 600 e os feridos, o milhar. Em termos de martírio palestino, estas cifras não são tão exageradas, mas demonstram que a resistência poderá representar uma espécie de gota dágua para a explosão de fúria do Oriente contra o Ocidente.
É justo um país invadir outro, desta vez, não só para ocupar um território mas destruir toda uma cultura milenar, como é a dos palestinos? Não foi assim que os nazistas quiseram fazer com os judeus? Ou será que os palestinos não têm a mesma fibra para reagir à ignomínia? Têm sim, e eles têm mostrado isso, mesmo diante da vergonhosa omissão internacional, que fecha os olhos para a destruição de moradias, com matança generalizada, e as bombas mortíferas jogadas contra a universidade de Gaza, a televisão e todo o que eles consideram o aparato ideológico, que alimenta os palestinos com aquela força que, modernamente, só os vietnamitas conhecem. Um artigo da profesora Sara Roy, do Centro de Estudos do Oriente Médio da Universidade de Harvard e publicado pela Agência Carta Maior, faz uma reflexão sobre mais esta guerra que eclode no mundo, às vésperas da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Barak Hussein Obama. Este, por sua vez, de férias no Havaí, ainda não se pronunciou sobre o tema, passados quatro dias de sua eclosão.
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Venezuela epulsa embaixador de Israel, BBC Vídeo
Tropas avançam rumo à capital, Estadão
Israel não aprende, por Nir Rosen autor de “The Triumph of the Martyrs: A Reporter’s Journey in to Occupied Iraq” (Carta Maior e Al-Jazeera)