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Colômbia volta a provocar a Venezuela

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Depois de quase três anos de trégua e entendimento, que levou ao primeiro acordo entre as guerrilhas FARC e o governo, a Colômbia voltou a provocar a Venezuela, com o encontro do presidente Juan Manuel Santos e o candidato derrotado às eleições Venezuelanas, Henrique Capriles, acusado de instigar a violência pós-eleitoral de 14 de abril, responsável pela morte de 11 pessoas e ferimentos em mais de uma centena. Capriles, que cumpriu pena por participar da invasão da embaixada de Cuba, em Caracas, no frustrado golpe contra Hugo Chávez, em 2002, tinha tido rechaçadas suas denúncias de fraude naquele pleito por todo os presidentes latino-americanos, num acordo promovido pela Unasul, do qual participou o próprio Santos.

Maduro vê conspiração da Colômbia contra seu país

A Venezuela reagiu pronto à provocação, que teria o dedo dos Estados Unidos, país que até hoje recusa-se a reconhecer os resultados e continua fustigando externa e internamente contra o governo do presidente Nicolás Maduro: o chanceler Elías Jaua, falando em nome do governo e da Força Armada, classificou o encontro de lamentável e denunciou que, “em Bogotá se trama contra a Venezuela”.


Já o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, homem ligado aos militares, classificou o gesto do presidente Santos como “uma agressão” a seu país.
Para Diosdado, o encontro consiste numa cortina de fumaça para encobrir os supostos encontros do ex-candidato Capriles com o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, a quem descreveu como “nefasto para o continente”.

– A Colômbia deve esclarecer se o governo está (ao lado) das intenções golpistas de Capriles, ou com o povo da Venezuela e com o governo legítimo, soberano e constitucional do companheiro Nicolás Maduro – disse Cabello à mídia estatal. – O presidente Santos está pondo uma bomba no trem das boas relações que tanto pediu o presidente Chávez. Ele está recebendo um assassino, um fascista lá no seu palácio.
A Colômbia tem uma política de atrelamento com os Estados Unidos, tendo sido obrigada a instalar sete bases militares americanas em seu território.  Apesar das diferenças ideológicas, Juan Santos fez as pazes com o líder venezuelano em nome do pragmatismo e de solidariedade regional, após assumir em 2010. Isso ajudou o comércio a fluir melhor e permitiu que ambos os lados perseguissem grupos criminosos na fronteira entre os países.
Nesta quarta-feira, o ministro das Finanças colombiano, Mauricio Cardenas, se ofereceu para fornecer à Venezuela alimentos e bens manufaturados para aliviar a escassez do país. Cardenas manifestou a intenção de se reunir com autoridades venezuelanas para discutir o assunto nos próximos dias e encontrar uma forma de pagamento que pode envolver uma troca de produtos colombianos por petróleo.

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