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Suicídio de Vargas e a manobra contra a Petrobrás

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A reedição da “A Era Vargas”, trilogia de José Augusto Ribeiro, na Câmara dos Deputados, em 06/05/2014, publicada pela Folha Dirigida, se prestou a algumas revelações ao longo de debate que se seguiu à solenidade, que cuja íntegra reproduzimos abaixo. Uma delas é do próprio autor José Augusto, que contou um diálogo do general Mozart Dornelles, subchefe do gabinete militar da presidência da República, com Assis Chateaubriand, o poderoso  chefe da cadeia de TV, rádios e jornais (a Globo da época). Neste diálogo, relatado ao autor pelo filho de Mozart, o atual senador Francisco Dornelles (PP-RJ), Chateau, como era conhecido, prometeu a Getúlio tirar todos os detratores deste do ar, inclusive Carlos Lacerda, desde que o presidente desistisse de criar a Petrobrás.

Outra revelação foi a de outro escritor, o professor Ronaldo Conde de Aguiar, autor do livro “Vitória na Derrota – A morte de Getúlio Vargas“,  que afirmou, com base nos dados obtidos junto ao inquérito da polícia militar, que correu paralelo ao inquérito da Aeronáutica (neste se juntaram todos os detratores de Getúlio e foi apelidado de República do Galeão), foi de que abafaram provas contundentes quanto ao real objetivo do atentado de cinco de agosto de 1954.
Neste atentado, caiu morto o major da Aeronáutica Rubens Vaz, que fazia informalmente a segurança do jornalista Carlos Lacerda, considerado o maior opositor de Vargas. As provas, segundo Conde de Aguiar indicam que a manobra não se destinava a matar Lacerda, e que o marceneiro Alcino João do Nascimento, responsabilizado como único culpado pelo episódio, não teria sido capaz de disparar os 40 tiros dirigidos à comitiva do jornalista. Conde de Aguiar também corroborou as dúvidas quanto ao tiro no pé que teria sofrido Lacerda na ocasião: “Disseram que tinha levado um tiro de 45 e depois de 15 dias estava andando sem gesso, enquanto o boletim médico da ocorrência nunca foi encontrado”.
Ronaldo Conde, professor aposentado da Universidade de Brasília, ainda criticou a postura preconceituosa da elite acadêmica, que, ao longo dos últimos 90 anos, tem projetado o presidente como populista. “Inventaram essa bobagem com a pretensão de que estivessem escrevendo a bíblia das bíblias. E esqueceram do fato de que Getúlio foi o único presidente que desenvolveu um projeto de Brasil como nacão. Os outros presidentes tinham projetos de governo”.

Ao debate, presidido pelo deputado Ângelo Agnolin (PDT-TO), compareceram ainda o piloto e ajudante de ordens de Getúlio, coronel Hernani Fittipaldi, hoje com 90 anos e que presenciou os últimos momentos do presidente, o engenheiro Paulo Metri, do Cluve de Engenharia e defensor da Petrobrás, os jornalistas Beto Almeida, Osvaldo Maneschy e FC Leite Filho. Antes, uma solenidade, também presidida por Agnolin, e à qual compareceram o presidente do PDT, Carlos Lupi, o Ministro do Trabalho, Manuel Dias e os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Eduardo Suplicy (PT-SP) homenagearam o autor José Augusto Ribeiro, que depois passou à assinatura dos autógrafos.

2 COMMENTS

  1. QUANDO,A VERDADEIRA HISTÓRIA DO BRASIL ,REALMENTE VAI SER CONTADA…
    INFELISMENTE. SEMPRE, O PODER DAS INFORMAÇÕES ESTÃO NAS MÃOS, DE FALSOS NACIONALISTAS.
    QUANTOS ANOS MAS FICAREMOS NO JUNCO DE GRUPOS COMO , REDE GLOBO!!!!!!

  2. QUANDO,A VERDADEIRA HISTÓRIA DO BRASIL ,REALMENTE VAI SER CONTADA…
    INFELISMENTE. SEMPRE, O PODER DAS INFORMAÇÕES ESTÃO NAS MÃOS, DE FALSOS NACIONALISTAS.
    QUANTOS ANOS MAS FICAREMOS NO JUNCO DE GRUPOS COMO , REDE GLOBO!!!!!!

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